Por Redação O Sul | 13 de maio de 2025
Ícone do cinema francês recebeu apoio de diversas personalidades influentes e da indústria
Foto: ReproduçãoUm dos principais nomes do cinema francês recebeu uma sentença de 18 meses de prisão nessa terça-feira (13). Gérard Depardieu, de 76 anos, foi considerado culpado de agressão sexual por um tribunal de Paris, na França. O caso aconteceu em 2021, quando o ator assediou duas mulheres em um set de filmagens, segundo a condenação.
Quem é Gérard Depardieu?
Como bem disse o texto do jornal francês, Gérard Depardieu é um dos maiores, se não o maior, atores do cinema francês. Ele é conhecido não só em território nacional, mas mundialmente, tendo recebido diversos prêmios ao redor do mundo ao longo da carreira.
Desde sua estreia como ator em 1965, aos 17 anos, ele soma mais de 200 filmes. Em 1996, recebeu a Legião de Honra, a maior honraria da França, concedida a ele pelo então presidente Jacques Chirac.
Depardieu ganhou destaque em 1974 após estrelar “Corações Loucos”. Desde então, foram dezenas de aparições nas telinhas e telonas francesas. Alguns destaques foram: “A Cabra” (1981), “O Conde de Monte Cristo” (1988), “Asterix e Obelix contra César” (1999) e mais.
O reconhecimento internacional veio com um papel principal na comédia em inglês “Green Card – Passaporte para o Amor”, de 1990, papel que lhe rendeu um Globo de Ouro. No mesmo ano, ele levou a Melhor Atuação Masculina no Festival de Cinema de Cannes e recebeu uma indicação ao Oscar por “Cyrano de Bergerac”.
Outros títulos internacionais no currículo de Depardieu são: “1492: A Conquista do Paraíso” (1992), “O Homem da Máscara de Ferro” (1998) e “As Férias da Minha Vida” (2006).
Herói nacional
As acusações contra o astro movimentaram a França. Antes mesmo do julgamento, em 2023, o jornal francês “Le Figaro” soltou um manifesto com título “Não cancelem Gerard Depardieu”, onde 50 personalidades pedem para que o público “não substitua a Justiça e permita que o gigante do cinema continue a jogar”.
“Gérard Depardieu é provavelmente o maior ator. O último monstro sagrado do cinema. Não podemos mais permanecer calados diante do seu linchamento, diante da corrente de ódio contra sua pessoa, sem nuances, desafiando uma presunção de inocência da qual ele teria se beneficiado, como todo mundo, se não fosse o gigante do cinema que é”, dizia o manifesto.
