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Notícias Quem é Glauber Braga, deputado federal do PSOL cassado pelo Conselho de Ética

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Parlamentar do PSOL é conhecido pela postura combativa e por palavras duras em discursos. (Foto: Reprodução/TV Câmara)

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) já chamou o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha de “gângster”, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro de “juiz ladrão” e um dos sucessores de Cunha, Arthur Lira (PP-AL), de “bandido”. Foi por causa desse último episódio, com Lira, que Glauber acredita que teve a cassação aprovada pelo Conselho de Ética nessa quarta-feira (10).

Por 13 votos a cinco, o colegiado votou pelo fim do mandato do parlamentar. O processo, aberto em 2024, foi em razão do episódio em que Glauber expulsou um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) da Casa aos chutes.

Foi a quinta representação contra ele no colegiado. Empossado parlamentar pela primeira vez em 2009, Glauber é conhecido na Casa pela postura combativa e pelas duras palavras que sempre usou contra seus adversários políticos na Casa.

No dia 16 de abril de 2024, Glauber expulsou da Câmara o influenciador Gabriel Costenaro, integrante do MBL, aos chutes. Na ocasião, Costenaro fez insinuações sobre a ex-prefeita de Nova Friburgo, Saudade Braga, mãe do deputado, que na época estava doente. Ela faleceu 22 dias após o ocorrido.

Glauber acusa de Lira de atuar nos bastidores contra ele, com um relatório “comprado”, já que, segundo o deputado do PSOL, por suas reiteradas críticas ao alagoano e denúncias ao orçamento secreto, virou um alvo.

Em várias sessões do Conselho de Ética, enquanto o julgamento de seu caso avançava, Glauber chamou Lira de “bandido”.

No começo de 2024, uma representação no Conselho de Ética já o havia recomendado a censura verbal. Os outros casos tinham sido arquivados. Já em 2022, ao ser reeleito pelo quinto mandato, Glauber foi ao plenário falar que Lira usava o Conselho para intimidá-lo.

“Eu já disse aqui e vou repetir ao senhor deputado Arthur Lira: eu volto à Câmara dos Deputados com aproximadamente o dobro da votação que tive há quatro anos. Agradeço à população do Rio de Janeiro que o fez dando um voto de castigo ao presidente da Câmara dos Deputados, contra a tentativa dele de intimidação e de cassação do meu mandato no Conselho de Ética”, disse Glauber, cinco dias depois de ser reeleito.

Naquele ano, o Conselho de Ética abriu uma representação, de autoria do PL, contra Glauber por ele ter dito que Lira “não tem vergonha”, e por ter chamado o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) de “bolsonarista enfeitado” e o deputado Bibo Nunes (PL-RS) de “néscio”, “porcaria”, “defensor de miliciano” e “torturador”. O caso foi arquivado.

Antes mesmo de Lira, Glauber era um dos mais fervorosos críticos de Eduardo Cunha. Ele fez um dos mais duros discursos contra o então presidente da Câmara no julgamento de impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff. “Eduardo Cunha, você é um gângster. O que dá sustentação a sua cadeira cheira a enxofre”, disse o deputado do PSOL, que votou contra a destituição de Dilma.

“Juiz ladrão”

Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também foi um dos mais críticos deputados da oposição. Em uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em 2019, Glauber chamou o então ministro da Justiça Sérgio Moro de “juiz ladrão”.
A declaração causou uma confusão tão grande que a sessão foi interrompida. Moro o chamou de “despreparado”. Glauber respondeu. “Moro me chamar de desqualificado, para mim, é um elogio”, disse.

Esse episódio levou à abertura da primeira representação contra ele no Conselho de Ética, de autoria do PSL, então partido de Bolsonaro.

Início no PSB

A trajetória de Glauber na Câmara começou em 2009, ao ser empossado substituindo o deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ), à época nomeado secretário no governo de Eduardo Paes, prefeito do Rio.

Glauber fazia parte do PSB, sigla que ficou por 15 anos. Ele trocou a sigla pelo PSOL em 2016, contrário a aliança que o partido formou com o MDB no Rio de Janeiro. Ele já foi líder do PSOL na Câmara por um ano, em 2017.

Ainda há novas etapas a se seguirem até que Glauber efetivamente perca o mandato. Ele ainda pode recorrer da decisão do Conselho de Ética na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso ele saia novamente derrotado, a decisão final fica com o plenário da Câmara.

São necessários 257 votos para cassá-lo definitivamente. Se isso ocorrer, Glauber ficaria inelegível até 2035. Assumiria o mandato a ex-senadora Heloísa Helena (Rede-RJ). Com informações de O Estado de S. Paulo 

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