Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de agosto de 2019
				O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que ainda não deu seu aval para nenhuma pré-candidatura à corrida eleitoral do no que vem. Questionado se iria apoiar a líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), para que ela dispute a prefeitura de São Paulo, ele respondeu que ainda não deu seu apoio a ninguém. “Se alguém disser que tem meu apoio, está mentindo.”
A afirmação foi feita em almoço neste sábado (31), com jornalistas. Não foi permitido gravar a conversa.
Bolsonaro disse ainda que não quer que seu partido, o PSL, tenha muitos candidatos espalhados pelo País. Ele sinalizou que está interessado na disputa de apenas algumas capitais, entre elas, São Paulo.
Além disso, deixou claro que todos os candidatos do PSL terão de ter seu aval e que o presidente do partido, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE) só poderá indicar nomes, onde Bolsonaro não tiver indicações. O presidente falou ainda que ou ele manda no partido ou estará fora.
Bivar já afirmou que tem planos para no próximo ano concentrar os recursos dos fundos eleitoral e partidário na disputa a prefeituras em capitais e nos municípios mais populosos, com importância regional. O partido é o que mais vai ter dinheiro público para gastar nas eleições de 2020.
Criado em 1998, o PSL era um partido nanico até a eleição de Bolsonaro no ano passado, quando elegeu 52 deputados. Das 5.464 cidades que tiveram disputas nas eleições de 2016, a legenda ganhou apenas 30. A maior é São João del-Rei (MG), cidade de 100 mil habitantes.
Abuso de autoridade
Em conversa descontraída durante um almoço neste sábado, o presidente Jair Bolsonaro disse a jornalistas que vai vetar nove dos dez pedidos de veto da lei de abuso de autoridade, feitos pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. Entre os trechos que deveriam ser excluídos, conforme a visão do ministro, estão os artigos que proíbem prisões em “desconformidade com a lei”, o flagrante preparado e o uso de algemas quando o preso não oferece resistência à ação policial.
O presidente ressaltou que ainda avalia o veto de um ponto da lei, sem citar qual.
“Isso já está definido, Vamos vetar nove dos dez pedidos.”
Na última semana, o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), também levou uma lista de dez vetos ao presidente.
Para decidir sobre os vetos, Bolsonaro brinca que ouve seus “ministros do Centrão”, referindo-se a André Mendonça (AGU), Jorge Oliveira (Secretaria Geral da Presidência) e Wagner Rosário (CGU).
O presidente lembrou, inclusive, que Jorge Oliveira foi responsável pelas indicações do colega Wagner Rosário, Tarcísio de Freitas e André Mendonça. No entanto, ao ser questionado sobre quem será o conselheiro para a indicação da PGR, respondeu: