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Economia Rebaixamento da nota de risco do Brasil ocorreu antes do esperado e deve acentuar crise política

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Decisão de rebaixar a nota foi da agência Standard & Poor's. (Foto: Stan Honda/AFP)

O rebaixamento da nota de risco do Brasil, anunciado na quarta-feira (09) pela agência de classificação Standard & Poor’s, era o elemento que faltava para dar cores mais dramáticas às crescentes crises política e econômica do País. O corte da nota era um risco presente, mas esperado – caso ocorresse – apenas para o ano que vem, de acordo com analistas.

“O mercado apostava que a agência ia esperar um pouco mais. Havia um consenso de que isso iria ocorrer em 2016”, disse Celso Plácido, estrategista da XP Investimentos. “Está muito difícil de governar, e agora acontece um negócio desse. Ganhou-se e perdeu-se o grau de investimento em sete anos. Terá uma pressão política muito grande.”

A piora do quadro fiscal, com a proposta de orçamento para 2016 com déficit de 30,5 bilhões de reais, foi a gota d’água, dizem muitos analistas. Segundo eles, cogita-se elevar impostos para tentar melhorar a situação, mas o governo parece não ter uma estratégia definida.

Como o rebaixamento já era esperado – ainda que não para 2015 –, há quem acredite que o impacto sobre os mercados financeiros não será tão drástico. “Talvez não tenha grandes reações do mercado porque já era muito esperado, já estava, em parte, precificado”, disse Alexandre Schwartsman, sócio da Schwartsman & Associados e diretor do Banco Central durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Mas a opinião não é unânime. “Mesmo que a decisão já estivesse na conta, o mercado deve reagir mal. Todo mundo vai olhar com dúvidas sobre o efeito na parte fiscal, se o governo irá se sentir mais pressionado a fazer alguma coisa, a precipitar alguma medida”, afirmou José Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator.

A certeza é de que a volatilidade continuará nos mercados, com uma possível alta do dólar e dos juros, além de queda na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Para as empresas, a consequência é um aumento no custo de financiamento, já que muitos fundos têm em seu regulamento a proibição de aplicar recursos em países sem o selo de bom pagador. Mas uma piora mais acentuada nesse sentido só deve ocorrer após as outras duas principais agências – Fitch e Moody’s – também rebaixarem a nota do País, o que pode ocorrer, conforme analistas, ainda neste ano.

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