Terça-feira, 14 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2015
Um relatório da Receita Federal apontou que há indícios de que três filhos do pecuarista José Carlos Bumlai, preso na 21 fase da Operação Lava-Jato, têm “variação patrimonial a descoberto” que supera 160 milhões de reais. Isso significa que o patrimônio não condiz com a renda declarada. O pecuarista tem um quarto filho, que não faz parte deste relatório.
O advogado Ricardo Berenguer, que representa os filhos do Bumlai, afirmou que tudo foi declarado e que não há irregularidades. Ele mencionou que grande parcela deste do dinheiro teve origem na venda de uma fazenda, que era o grande patrimônio da família.
Bumlai foi detido por ser suspeito de ter praticado tráfico de influência no empréstimo de 60 milhões de reais do Banco Shahin no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Nas investigações relacionadas à Operação Lava-Jato, ele é suspeito de ter adquirido empréstimos junto ao Banco Shahin que foram perdoados ilegalmente.
Em contrapartida, de acordo com o MPF (Ministério Público Federal), empresa ligada ao grupo Shahin conquistou, sem licitação, um contrato de operação de navio-sonda na Petrobras.
Conforme o documento, caso confirmadas as suspeitas, os irmãos podem ter omitido recursos/rendimentos das autoridades. Além disso, existem dúvidas quanto à origem do dinheiro. O auditor fiscal responsável destacou que a análise é preliminar e que é necessário aprofundá-la.
Os filhos Fernando Bumlai, Cristiane Bumlai e Maurício Bumlai são sócios de empresas de logística e geração de energia. Segundo a Receita Federal, eles também têm parceria na titularidade de vários imóveis e propriedades rurais e na exploração da atividade agropecuária. (AG)