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Por Redação O Sul | 11 de fevereiro de 2021
O último dos cinco corpos dos integrantes do grupo que desapareceu no naufrágio de uma lancha no litoral do Rio de Janeiro foi reconhecido pela família. Trata-se do mecânico náutico Cláudio Vieira, 52 anos, que estava na mesma embarcação cujo acidente também causou a morte do empresário gaúcho Ricardo José Kirst.
Segundo a filha Aline Vieira, o Instituto Médico Legal (IML) de Macaé (RJ) enviou as fotos dos objetos, que foram encontradas com o 5º corpo localizado pela Marinha, antes do reconhecimento presencial no instituto.
“Elas [a mulher e um amiga] receberam as fotos da sapatilha e de uma roupa e elas afirmaram que realmente se tratava dele. Teve também o reconhecimento das digitais”, contou. A mãe dela já foi ao IML fazer o procedimento presencial.
Ainda segundo Aline, o translado do corpo para Fortaleza (CE) deve ocorrer em um voo comercial. A viagem é organizada por outros parentes de Cláudio. A previsão é que o sepultamento aconteça na capital nos próximos dias.
O último corpo foi localizado na última terça-feira (9) por um barco pesqueiro a cerca de 35 quilômetro a sudeste do Farol de Cabo Frio, área de buscas da lancha “O Maestro”.
De acordo com a Marinha, o cadáver foi recolhido pelo navio-patrulha “Amazonas” e foi para a Enseada do Forno, em Arraial do Cabo, de onde foi levado para o IML de Macaé para identificação.
Todos os cinco corpos recolhidos em alto-mar já foram reconhecidos pelas famílias. Além da morte de Cláudio, foram identificados o pescador Wilson Martins dos Santos, o comandante Guilherme Ambrósio e os empresários Domingos Sávio e Ricardo Kirst, este último um gaúcho de Rio Grande que vivia no Ceará há pelo menos 20 anos.
Gaúcho
O corpo de Ricardo José Kirst, o empresário gaúcho desaparecido junto com o grupo, foi identificado por familiares na semana passada, também por meio de imagens. Divorciado, ele deixou cinco filhos.
Natural de Rio Grande (Litoral Sul), ele morava na capital cearense há pelo menos duas décadas e, segundo informações extra-oficiais, já havia percorrido o mesmo trajeto marítimo em outra oportunidade – desta vez, ele pretendia gravar a viagem para um documentário.
A turma partiu do Rio de Janeiro em 26 de janeiro (onde havia chegado três dias antes), rumo a Fortaleza (CE) após Kirst ter comprado a embarcação. Eles tentaram fazer o trajeto de volta no dia 26, mas a embarcação apresentou problemas técnicos no motor e nas bombas – o problema seria agravado por condições desfavoráveis de navegação.
Isso exigiu uma escala para reparos, no bairro da Urca, Zona Sul da capital fluminense. Concluído o serviço, a viagem foi retomada mas jamais concluída.