Terça-feira, 16 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2025
Talude central terá cota de 5,8 metros, além de bermas de equilíbrio em ambos os lados da estrutura
Foto: Luciano Lanes/PMPAO Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos) avança nas obras do trecho 2 do Dique do Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre. A primeira etapa consistiu na remoção dos resíduos acumulados no período em que a área foi ocupada de forma irregular. Com a limpeza, foi possível iniciar a reconstrução da estrutura de baixo para cima, da base até o topo.
“Boa parte dos materiais usados originalmente na construção do dique foi retirada no período de construção das moradias. Com isso, a estrutura, que agora está sendo refeita, ficou muito comprometida. Nosso objetivo, com essa intervenção, é oferecer mais segurança à população da Zona Norte”, explica o diretor-presidente em exercício do Dmae, Vicente Perrone.
Projeto
A obra prevê a implantação de duas bermas de equilíbrio, com dois metros de altura em relação ao meio-fio, localizadas tanto no lado seco, quanto no lado voltado para o rio. O reforço é necessário em função das características geológicas da região, situada na várzea do Gravataí.
O talude central terá cota de 5,8 metros, equivalente ao nível da cheia histórica de maio de 2024. Além do alteamento, o projeto inclui o reforço horizontal do dique, recuperando suas dimensões originais. O cronograma, iniciado em julho, prevê três meses de serviços e seis meses de monitoramento contínuo, condicionados às condições climáticas.
Histórico
Construído entre as décadas de 1960 e 1970, o Dique do Sarandi integra o sistema de proteção contra cheias de Porto Alegre. Após a enchente de 2024, um estudo do Dmae identificou a necessidade de reforço, já que em alguns pontos a estrutura apresentava cota inferior a 4 metros.
O plano de trabalho foi dividido em três etapas. A primeira, entre as casas de bombas 9 e 10, com extensão de 1,1 quilômetro, foi concluída em janeiro. A segunda está em andamento e deve ser finalizada em até três meses, conforme as condições do tempo. A terceira, que abrangerá mais 2 quilômetros do dique, ainda não tem data definida para início.