Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve intensificar na próxima semana as negociações com partidos do Centrão para ampliar a base no Congresso. Entre outras reuniões, Lula deve se encontrar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), parlamentar com grande influência entre partidos do bloco.
Para conquistar apoio de deputados a propostas que considera prioritárias e melhorar a governabilidade, o governo estuda fazer mudanças nos ministérios e nas estatais. Nesta semana, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que é o responsável pela articulação política do Executivo com o Congresso, recebeu lideranças do PP e do Republicanos.
Pode mudar
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – atualmente, a pasta é comandada por Geraldo Alckmin (PSB) que acumula a função de ministro com a de vice-presidente;
Ministério de Portos e Aeroportos – o titular da pasta é Márcio França (PSB);
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – chefiado por Luciana Santos (PCdoB);
Ministério da Mulher – atualmente comandado por Cida Gonçalves (PT);
Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome – o atual ministro é Wellington Dias (PT). A pasta é reivindicada pelo PP;
Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania – chefiado por Silvio Almeida (sem partido);
Ministério dos Esportes – comandado pela ex-atleta Ana Moser (sem partido). A pasta é alvo de pedido do Republicanos;
Caixa Econômica Federal – presidido por Rita Serrano. O banco público é reivindicado pelo PP;
Correios – presidido por Fabiano Silva dos Santos;
Embratur – atualmente chefiada por Marcelo Freixo (PT);
Fundação Nacional de Saúde (Funasa) – tem como presidente interino o servidor Alexandre Motta. Órgão é cobiçado pelo Centrão.
Mudança descartada
Em pronunciamento na última semana, o presidente Lula descartou mudanças no comando do Ministério da Saúde. A pasta, que tem um dos maiores orçamentos da Esplanada, é alvo de desejo do Centrão.
Logo após ser eleito, Lula escolheu para função a socióloga e pesquisadora Nísia Trindade, que foi presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de 2017 a 2022.
Ao comentar rumores de mudança na pasta, o petista afirmou que “tem ministros que não são trocáveis”.
Trocas já efetuadas
Desde o início do governo, Lula promoveu mudanças em dois dos 37 ministérios:
Gabinete de Segurança Institucional (GSI) – o general Gonçalves Dias deixou o cargo após desdobramentos dos atos golpistas de 8 de janeiro. Assumiu a função o também general Marcos Antônio Amaro.
Ministério do Turismo – o União Brasil reivindicou a troca do comando da pasta, que era exercido por Daniela Carneiro. Para a função, a legenda indicou o deputado Celso Sabino (União-PA).