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Armando Burd Regra do atropelo

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A 26 de maio de 1998, o senador Pedro Simon defendeu que “a melhor maneira de aplicar dinheiro é no município”. (Foto: Waldemir Barreto/ Agência Senado)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O governo federal costuma enviar ao Legislativo projetos sem dados aprofundados. Num belo final de sessão, aprovam com votos apenas dos líderes de bancadas, dispensando o uso do placar eletrônico. É o roteiro de decisões, cujas consequências aparecem depois.

Ataque ao bolso

Um exemplo: a 20 de julho do ano passado, o presidente Michel Temer anunciou o aumento do PIS/Cofins cobrado sobre gasolina, diesel e etanol, aceito por senadores e deputados federais. O governo esperava arrecadar 11 bilhões de reais. O imposto sobre a gasolina subiu 41 centavos e do diesel, 21 centavos por litro.

A isso somou-se a política confusa de reajustes frequentes da Petrobras, o que fez disparar os preços nos postos, levando à greve atual.

Numa camisa de força

O estoque de combustível das empresas transportadoras de valores começa a faltar, devendo suspender o atendimento aos caixas eletrônicos.

Os grevistas intransigentes querem fazer retornar o tempo do escambo com a troca de mercadorias ou serviços sem o uso de dinheiro.

Vale tudo

A autoridade do presidente da Petrobras e do ministro da Fazenda vai para escanteio, quando o governo precisa entregar os anéis para não sacrificar os dedos. O governo fará qualquer jogo para estancar a forte crise.

No mundo da lua

O País enfrenta greve de um sindicalismo selvagem e o site da Câmara dos Deputados destaca como principal notícia: “Plenário pode retomar nesta segunda-feira votação sobre cadastro positivo.”

Tradicional fuga

O presidente Eunicio Oliveira declarou ontem à tarde que o Senado está de plantão “para solucionar o problema dos combustíveis”. Porém, sai de perto da fogueira ao dizer que “não cabe ao Congresso, mas ao Executivo, interferir na política de preços da Petrobras”.

Força para desobstruir

O governo de Minas Gerais largou na frente, requisitando auxílio da Força Nacional de Segurança Pública, que chegou ontem. Vai cumprir a Operação Limpeza da Área nas rodovias interrompidas por grevistas.

Durante o regime militar

Em agosto de 1979, o governo Figueiredo enfrentou movimento grevista de caminhoneiros, que se recusavam a entregar combustíveis nos postos, alegando prejuízos. Houve acordo no sentido de conceder reajuste de 30% no valor do frete.

Passados quatro meses, a palavra não foi cumprida e os motoristas voltaram a parar. Realizou-se nova reunião e o ministro do Trabalho, Murillo Macedo, assinou documento concedendo 33% de aumento, que acabou sendo pago.

Outros casos

Houve paralisação de caminhoneiros em 1986, aproveitando-se da fragilidade política da gestão Sarney. Repetiu-se em 1999, quando estourou a crise econômica mundial e o presidente Fernando Henrique Cardoso ficou na corda bamba. Entre 2015 e 2016, na esteira dos problemas da presidente Dilma Rousseff, os motoristas fizeram greves curtas.

Festa com dinheiro público

Haverá saque de 1 bilhão e 716 milhões de reais do Tesouro Nacional para custear despesas das campanhas eleitorais. As maiores participações serão: MDB (234 milhões); PT (212 milhões); PSDB (185 milhões); o PP (131 milhões) e PSB (119 milhões). A lista segue com partidos menores.

Para não perder

A 26 de maio de 1998, o senador Pedro Simon defendeu que “a melhor maneira de aplicar dinheiro é no município”. Garantiu que “uma obra executada pelo município custa 10, sobe para 15 através das mãos do Estado e a 30 pela União”.

Até hoje, ninguém desmentiu.

Agora, parece ficção

O IBGE divulgou, a 26 de maio de 1988, que a inflação desde janeiro tinha atingido 124%. Chegou ao final do ano a 980%.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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