Sábado, 04 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 27 de agosto de 2015
Dois profissionais de televisão foram baleados e mortos nessa quarta-feira no Estado norte-americano da Virgínia. O incidente ocorreu durante uma transmissão ao vivo de um shopping na cidade de Moneta.
As vítimas foram a repórter Alison Parker, 24 anos, e o cinegrafista Adam Ward, 27. O atirador foi identificado como Vester Lee Flanagan II, 41. Ele usava o nome profissional de Bryce Wil e trabalhou como apresentador no canal WDBJ, o mesmo em que trabalhavam Alison e Ward, entre os anos de 2012 e 2013.
O suspeito gravou o ataque e postou o vídeo no Twitter. Durante a transmissão ao vivo, Alison entrevistava uma mulher sobre turismo. Ela sorria quando ao menos oito tiros foram disparados. A câmera caiu no chão e aparentemente capturou o atirador. A repórter pode ser ouvida gritando antes de morrer.
A entrevistada foi identificada como Vicki Gardner. Ela levou um tiro nas costas e foi submetida a uma cirurgia.
Após os tiros, a transmissão volta para uma âncora no estúdio, que aparece chocada. “Nós não sabemos o motivo. Não sabemos quem é o assassino”, disse o diretor da WDBJ, Jeffrey Marks.
Suspeito
O suspeito fugiu de carro depois do ocorrido e foi interceptado em uma estrada a cerca de 250 quilômetros do local do crime. Após se recusar a atender a ordem dos policiais, perdeu o controle do veículo e bateu. Ao abrir o carro, os agentes o encontraram com uma marca de tiro, o que pode ter sido uma tentativa de suicídio. Ele foi levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Nas imagens, filmadas com o celular na vertical com a mão esquerda, ele se aproxima dos dois jornalistas e da entrevistada. Em seguida, saca a pistola com a mão direita e começa a disparar.
Depois de publicar o vídeo, ele disse no Twitter que a ação foi motivada por xingamentos racistas que teriam sido feitos por Alison quando ele trabalhava na emissora.
Flanagan deixou a WDBJ em fevereiro de 2013. Em maio do ano passado, ele entrou com uma ação judicial contra a empresa pedindo indenização por discriminação feita pelos colegas, mas o processo foi rejeitado dois meses depois. (Folhapress)