Economia Reunião do Eurogrupo termina sem decisão sobre ajuda à Grécia
Por Redação O Sul | 12 de julho de 2015
Terminou sem uma decisão sobre a ajuda à Grécia a reunião dos ministros das Finanças e da Economia da zona do euro, segundo o ministro da Finlândia, Alexander Stubb, um dos participantes do encontro. A discussão estava prevista para ser retomada na manhã deste domingo, no horário local. Os ministros estiveram reunidos por mais de sete horas nesse sábado para avaliar as propostas apresentadas pelo governo grego em troca de ajuda financeira, que tem dívidas superiores a 200% de seu Produto Interno Bruto.
Sob a presidência do holandês Jeroen Dijsselbloem, o fórum começou às 10h30min (horário de Brasília-DF) a analisar o plano de reformas solicitado pelo governo de Alexis Tsipras para que a Grécia receba um novo resgate, por um período de três anos e por um valor de cerca de 50 bilhões de euros. As últimas propostas do governo grego estão longe de serem suficientes para a concessão de um terceiro pacote de ajuda financeira a Atenas, disse o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, em Bruxelas (Bélgica). “A confiança foi destruída de uma maneira inacreditável nos últimos meses”, disse ele, acrescentando que não poderia “confiar em promessas” para aceitar continuar a ajudar a Grécia. A Alemanha é o principal credor do país.
Propostas
Na quarta-feira, dia 8, os gregos entregaram uma carta com um pedido formal de empréstimo de resgate ao Mecanismo Europeu de Estabilização, órgão responsável por fornecer ajuda financeira aos membros do bloco. No documento, assinado pelo ministro das Finanças da Grécia, Euclidis Tsakalotos, o país solicita ajuda, em valor não especificado, por três anos, e se compromete a realizar “reformas e medidas amplas a serem implementadas nas áreas de sustentabilidade fiscal, e crescimento de longo prazo”. Em troca, se compromete a “implementar imediatamente um conjunto de medidas, a partir da próxima semana, incluindo mudanças relacionadas à reforma tributária e medidas relacionadas a pensões”. As propostas não foram oficialmente divulgadas.
(AG)
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