Por Redação O Sul | 30 de agosto de 2025
É dada a largada da temporada do Oscar e o primeiro levantamento da temperatura das coisas em 2025/26 de uma das principais publicações sobre a cena audiovisual dos EUA e do próprio evento da Academia, a revista “The Hollywood Reporter”, traz notícias alvissareiras para o Brasil na sua primeira previsão das principais categorias, publicada neste final de semana.
Traz ‘O Agente Secreto’, provavelmente o representante do país nesta temporada, na briga em várias categorias, como Melhor Filme, Melhor Roteiro Original e Melhor Direção para Kléber Mendonça Filho, além de incluí-lo entre os favoritos na categoria Melhor Filme Internacional (onde pode “defender o título” de ‘Ainda Estou Aqui’) e Melhor Ator (com Wagner Moura).
Não é exatamente novidade que o astro brasileiro esteja bem cotado neste começo de corrida. Ele já figurava entre os principais nomes na lista da concorrente da ‘THR’, a ‘Variety’, e vem cacifado pelo prêmio de Melhor Ator no último Festival de Cannes. Surpreende, na verdade, o astro mais famoso que faz companhia a ele na lista de cinco prováveis indicados – Brad Pitt, por um dos maiores sucessos de bilheteria do ano, ‘F1 – O Filme’.
Certamente pesou na previsão a tendência da Academia de dar mais visibilidade para o cinema comercialm até para segurar os números da audiência da festa. No longa-metragem de Joseph Kosinski, Pitt interpreta o piloto Sonny Hayes, o mais promissor da sua geração, os anos 1990. Um acidente prejudica sua carreira e 30 anos depois ele faz um comeback para instruir um piloto bem mais jovem na sua escuderia.
Se realmente conseguir a indicação, Pitt disputará o prêmio de Melhor Ator pela terceira vez – as outras duas foram por ‘Moneyball: O Homem que Mudou o Jogo’, em 2012, e ‘O Curioso Caso de Benjamin Button’, em 2009. O astro de 61 anos já venceu dois Oscars – o de Melhor Ator Coadjuvante por ‘Era Uma Vez em… Hollywood’, em 2020, e o de Melhor Filme, como produtor de ’12 Anos de Escravidão’, em 2014.
Uma nomeação a Brad Pitt também faria Kosinski alcançar algo que não conseguiu com ‘Top Gun – Maverick’, em 2023, lembrado para Melhor Filme, mas com Tom Cruise fora da lista de finalistas de Melhor Ator (o que gerou muita polêmica).
Completam o grid provisório (só para não perder a oportunidade para fazer uma tirada com a Fórmula 1), Michael B. Jordan (por ‘Pecadores’, no qual interpreta dois irmãos no filme de terror mais badalado dos últimos anos), Joel Edgerton (pelo drama ‘Nos Trilhos do Destino) e Guillaume Marbeck (no papel de um jovem diretor Jean-Luc Godard por ‘Nouvelle Vague).
Correm por fora Denzel Washington (‘Luta de Classes’), na busca do seu terceiro Oscar; Paul Mescal (‘A História do Som’), recuperando-se das frustrações de ‘Gladiador II’; Vahid Mobasseri (por ‘It Was Just an Accident’, que pode ser o representante francês, mas falado em persa e banido no Irã); e Sergi Lopez (pelo espanhol ‘Sirāt’).
Os últimos dois cotados na segunda prateleira vem de filmes que representam as maiores ameaças para ‘O Agente Secreto’ na categoria Melhor Filme Internacional, além de refletir o caráter pluralista da Academia a partir das mudanças no colégio eleitoral e a vitória triunfal do sul-coreano ‘Parasita’ nas principais categorias em 2020.
