PORTO ALEGRE — Desde que assumiu a presidência do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) em 2023, Gilberto Barichello tem conduzido uma gestão marcada por expansão, inovação e eficiência na saúde pública. Filósofo, economista e jurista, com mestrado em Gestão de Sistemas de Saúde pela Universidade de Bolonha e especializações em administração hospitalar e infraestrutura sanitária pela Fiocruz, Barichello acumula 26 anos de atuação na Secretaria Estadual da Saúde e foi secretário adjunto no governo Olívio Dutra.
À frente do maior complexo hospitalar 100% SUS do país, vinculado ao Ministério da Saúde, Barichello estabeleceu como diretriz ampliar o acesso com qualidade e fortalecer a governança institucional. Os resultados são expressivos: em 2024, o GHC realizou 69.820 cirurgias — 20% a mais que em 2022. A abertura do terceiro turno, das 19h à 1h, em quatro hospitais do grupo (Conceição, Criança, Cristo Redentor e Femina) permitiu, só em junho de 2025, a realização de 2.070 cirurgias eletivas, 286 mil exames e mais de 1.500 consultas. A medida reduziu em 50% o tempo de espera por cirurgias urológicas e em 24% na mastologia.
Na atenção primária, o GHC ampliou o funcionamento de 12 unidades básicas na Zona Norte de Porto Alegre, com atendimento estendido até as 22h e sem interrupção ao meio-dia. O programa de Médico de Família realiza cerca de 180 atendimentos domiciliares por dia, com equipes multidisciplinares que incluem fisioterapeutas, psicólogos e técnicos de enfermagem.
Barichello também lidera a organização do 1º Congresso do GHC, que acontece de 28 a 30 de agosto na FIERGS, com o tema “Emergências climáticas, cuidados integrados e participação social: desafios para o fortalecimento do SUS”. O evento contará com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, delegações internacionais e marcará o anúncio de uma parceria público-privada de R$ 1 bilhão para a unificação dos hospitais Femina e Criança em um novo complexo hospitalar, com centro de ensino, pesquisa e atendimento especializado.
A inovação tecnológica é outro pilar da gestão. O novo hospital será inteligente e digital, com uso de inteligência artificial para diagnóstico e previsão de doenças, além de cirurgias robóticas e telediagnóstico. “A IA não substitui o médico, mas é uma ferramenta poderosa para ampliar a precisão e a eficiência do cuidado”, afirma Barichello.
No dia 3 de setembro, será lançada uma licitação de R$ 250 milhões para a construção de um Centro de Diagnóstico e Terapia, que ampliará em 700 mil exames por ano a capacidade do GHC. O plano estratégico da instituição prevê metas até 2030, com foco em sustentabilidade, controle de custos e inovação.
Com uma gestão pautada por resultados concretos e visão de futuro, Gilberto Barichello consolida o GHC como modelo nacional de saúde pública, provando que é possível fazer mais e melhor dentro do SUS.