Por Redação O Sul | 4 de dezembro de 2025
Richard Gere fez raras reflexões sobre o fato de ser sido banido do Oscar por 20 anos em 1993 após fugir do script da cerimônia. Em entrevista publicada pela Variety, o astro de “Uma Linda Mulher” (1990) disse não ter levado a situação para o lado pessoal.
Na ocasião, Gere apresentava a cerimônia da Academia e fez comentários fora do roteiro denunciando a “terrível, terrível questão de direitos humanos” da China no Tibete, pedindo liberdade ao povo tibetano. Suas palavras foram consideradas controversas para o evento, que tradicionalmente evita discursos políticos. Ele voltou a apresentar o prêmio em 2013 após o fim de sua punição, mas até hoje não pode entrar em solo chinês.
Apesar disso tudo, o ator norte-americano, de 76 anos, garante: “Eu não levei isso muito para o lado pessoal”. “Não achei que houvesse vilões na situação. Eu faço o que faço e certamente não tenho a intenção de prejudicar ninguém. Quero combater a raiva. Quero combater a exclusão. Quero combater as violações dos direitos humanos, mas tento ficar o mais próximo possível de onde Sua Santidade vem”, disse ele, referindo-se ao Dalai Lama, de quem é amigo há 45 anos.
Richard Gere fez questão de ressaltar que tenta abraçar as crenças do Dalai Lama, “de que todos são redimíveis e, no fim, todos têm que ser redimidos — ou nenhum de nós é. Então, nesse sentido, não levo para o lado pessoal”.
O famoso seguiu com suas manifestações a favor do Tibete e também pediu boicote às Olimpíadas de Pequim de 2008.
Em 2017, Gere disse que sua afronta à China fez com que ele perdesse trabalhos até mesmo em Hollywood. Na opinião dele, Hollywood teme ofender a China, que atualmente é um grande mercado cinematográfico.
Definitivamente existem filmes nos quais eu não posso participar porque os chineses dirão: ‘Com ele, não’”, contou ao Hollywood Reporter na época. Ele concluiu: “Tive um episódio em que alguém disse que não poderia financiar um filme comigo porque isso desagradaria os chineses.”
