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Porto Alegre Rio Grande do Sul tem sua primeira morte por dengue neste ano. Caso ocorreu no Interior do Estado

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Prefeitura promoveu reunião para alinhar e fortalecer ações para combater o mosquito da dengue

Foto: Mateus Raugust/PMPA
Vítimas mais recentes são dois idosos com comorbidades e que moravam em Lindolfo Collor e Ijui. (Foto: EBC)

Nesta sexta-feira (18), o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) confirmou o primeiro caso fatal de dengue no do Rio Grande do Sul em 2022. A vítima é uma idosa de 76 anos, que residia em Chapada (Região Noroeste) e teve o óbito constado em 9 de março, quase uma semana após os primeiros sintomas.

A paciente, que tinha comorbidades como hipertensão e doença pulmonar obstrutiva. Relatando febre, enjoo, dores de cabeça, olhos, músculos e articulações, ela foi internada no 7, mas não resistiu.

Até agora, ao menos 433 dos 497 municípios gaúchos (mais de 87%) identificaram infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A última atualização disponível apontava, uma semana atrás, 840 casos, a grande maioria (90%) autóctones, ou seja, contraídos no próprio Estado.

Força-tarefa

Nesta semana, a prefeitura de Porto Alegre anunciou que criará uma força-tarefa para enfrentar a expansão dos casos de dengue na cidade. A iniciativa conta com a participação da Brigada Militar, Guarda Municipal, Defesa Civil, Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), secretarias municipais e Exército.

As ações da força-tarefa serão coordenadas pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), com o apoio de vários órgãos. O objetivo é fazer uma varredura nos locais com possíveis criadouros do Aedes aegypti. Serão vistoriados terrenos públicos e particulares, com especial atenção aos pontos de água parada.

Dentre as iniciativas discutidas está a criação de um canal específico no serviço 156 para denúncias de locais com proliferação do mosquito. Também está previsto um “Dia D” de combate ao mosquito transmissor, com orientação aos moradores, remoção de criadouros do inseto e busca ativa de casos suspeitos da doença.

A população também poderá fazer o descarte de resíduos que não podem ser recolhidos pelas coletas domiciliar e seletiva, contribuindo para eliminar os focos irregulares de lixo na cidade.

Na capital gaúcha já são ao menos 223 casos desde janeiro. O número já é quase o triplo de todos os registros locais do ano passado (83). Os casos são registrados em todas as regiões, com prevalência nas áreas Leste e Centro-Sul do mapa da cidade.

História

Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave. É a doença viral transmitida por mosquito que se espalha mais rapidamente no mundo, sendo a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo.

Ocorre e dissemina-se especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Nos últimos 50 anos, a incidência aumentou 30 vezes com aumento da expansão geográfica para novos países e na presente década, para pequenas cidades e áreas rurais. É estimado que 50 milhões de infecção por dengue ocorram anualmente e que aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas vivem em países onde o dengue é endêmico.

Há referências de epidemias desde o século 19 no Brasil. Há relatos em 1916, em São Paulo, e em 1923 no Rio de Janeiro, sem diagnóstico laboratorial. Já a primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982 na cidade de Boa Vista-RR.

Em 1986, ocorreram novas epidemias, atingindo o Rio de Janeiro e algumas capitais da Região Nordeste. Desde então, a doença vem ocorrendo no Brasil de forma continuada, com ou sem epidemias. Trata-se, hoje, de um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil.

(Marcello Campos)

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