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Economia Roberto Bischoff substitui Roberto Simões na presidência da Braskem a partir de janeiro

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A troca no comando da Braskem está longe de ser o único movimento importante que envolve a petroquímica. (Foto: Reprodução)

A Braskem informou nessa segunda-feira (28) que Roberto Simões deixará o cargo de presidente, a partir do dia 1º de janeiro de 2023. Para o seu lugar, a Novonor, como acionista controladora, indicou Roberto Bischoff. A nomeação do executivo será formalmente submetida à aprovação do Conselho de Administração da petroquímica.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Braskem informa ainda que Roberto Simões também deixará o cargo de membro do Conselho de Administração, permanecendo no exercício de suas funções, inclusive apoiando a transição, até 31 de dezembro de 2022.

Roberto Bischoff é atualmente presidente da Ocyan, empresa do setor de Óleo & Gás controlada pela Novonor. O executivo é formado em engenharia mecânica e, segundo a empresa, é um profundo conhecedor do setor petroquímico, tendo atuado na Braskem de 1979 a 2019, em diversos programas de ação, entre eles como líder da Ipiranga Petroquímica na integração com as operações da Braskem; dos negócios de Polietileno e Vinílicos; da implementação do Projeto Etileno XXI; da joint venture com a Idesa no México; dos negócios da companhia na América Latina; e da área de Competitividade e Produtividade.

Mais prazo

A troca no comando da Braskem está longe de ser o único movimento importante que envolve a petroquímica, que está à venda há anos e começa a entrar em um ciclo de baixa do setor. A Novonor (ex-Odebrecht e em recuperação judicial) negociou mais uma vez a extensão de prazo de pagamento de suas dívidas com os bancos, que somam aproximadamente R$ 14 bilhões.

As ações das petroquímica foram dadas como garantia em troca desse empréstimo feito pelas instituições financeiras ao então Grupo Odebrecht, por décadas. Segundo fontes, o prazo concedido pelos credores foi de 60 dias.

Havia expectativa que essa dívida fosse quitada com a venda da Braskem neste ano, o que não aconteceu, apesar de várias tentativas. Os credores Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Santander e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) bateram o martelo na concessão de mais prazo nessa segunda. As demais condições serão mantidas, já que a dívida é atrelada ao CDI, ou seja, acompanha a Selic, a taxa básica de juros.

A venda vem sendo arrastada nos últimos três anos, depois de chegar muito próximo de ser fechada com a multinacional LyondellBasell, em 2019. No início deste ano, uma oferta bilionária de ações em Bolsa foi abortada, após os bancos credores perceberem que a operação só iria adiante com as ações vendidas a R$ 40.

Recentemente, a gestora norte-americana Apollo apresentou uma proposta que envolveria a compra de toda a Braskem, ou seja, incluindo-se a parte da Petrobras, que é sócia da petroquímica ao lado da Novonor, por R$ 47 a R$ 50 a ação. A holding J&F, que controla a JBS e o banco Original, também informou que pretende entrar na disputa.

Não faltaram também modelos de venda envolvendo somente a parte da Novonor ou o fatiamento da companhia. As melhores janelas de oportunidade estão, no entanto, ficando para trás. O ciclo de alta da indústria petroquímica acabou e a companhia tem registrado perdas em seu resultado, com impacto no valor de suas ações. Apenas este ano, a Braskem perdeu 48,25% de seu valor de mercado.

A mudança de governo também tem causado ceticismo em relação à venda. A proposta da Apollo, que aparentemente teria maior chance de ser aceita por conta do valor, entra no limbo diante da estratégia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a estatal Petrobras – a ideia é que as vendas de ativos parem de ser feitas; assim, o negócio não andaria. A oferta da Apollo envolve a fatia da Petrobras, o fechamento de capital da Braskem no Brasil e abertura de capital no exterior.

 

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