Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de julho de 2015
A Rostec, corporação estatal da Federação da Rússia que desenvolve, fabrica e exporta produtos industriais de alta tecnologia para o uso civil e militar, informa que a Corporação VSMPO-AVISMA, maior produtor de titânio do mundo, planeja ampliar em um terço sua produção até 2020, para 40 mil toneladas do metal ao ano. O crescimento será possibilitado pela ampliação da colaboração e celebração de novos contratos de longo prazo com parceiros tradicionais, como as gigantes Rolls-Royce e Boeing.
A VSMPO-AVISMA, que é parte integrante da Rostec, firmou três acordos de longo prazo com a companhia britânica Rolls-Royce para o fornecimento de titânio utilizado na fabricação de aero motores. O anúncio foi feito durante a exposição industrial e internacional “Innoprom”, ocorrida na cidade russa de Ekaterinburgo.
Os contratos terão validade no período compreendido entre 2016 e 2025 e incluem a entrega de titânio laminado e artigos semi-fabricados, além de rodas polidas forjadas e anéis de liga de titânio. Estima-se que a receita com os acordos irá superar US$ 300 milhões.
“A Rolls-Royce é nosso sócio estratégico. A cooperação conjunta entre ambas empresas teve início em 2000 e estamos muito contentes em ampliá-la”, afirma Mijaíl Voevodin, diretor-geral da VSMPO-AVISMA. “A história nos mostra que a indústria de titânio domina a produção para os construtores de motores. Se distingue por características melhoradas e uma operação segura. Neste sentido, chamo a atenção para o fato de que 10 anos é um prazo de tempo longo para um contrato no setor. Este acontecimento, por si só, demonstra a grande confiança de nossos parceiros e seus esforços para definir preços”, completa o executivo.
Em relação aos acordos com Rolls-Royce, Boeing e demais parceiros estrangeiros, a VSMPO-AVISMA afirma que as sanções comerciais estabelecidas contra a Rússia não afetam os acordos e trabalhos exercidos pela companhia.
“A indústria global não pode se distrair com problemas políticos”, comenta o executivo, após ressaltar que a única consequência das sanções foi o desejo dos parceiros nos Estados Unidos e na União Europeia de criar áreas para estocagem do titânio fornecido pela Rússia em seus respectivos territórios. Segundo o chefe da VSMPO-AVISMA, a decisão é benéfica e serve como base para a ampliação do fornecimento do metal e melhora da logística.
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