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Mundo Rússia afirma que a Ucrânia estaria fabricando uma “bomba suja” nuclear

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Estima-se que Moscou tenha cerca de 6 mil armas nucleares. (Foto: Reprodução)

A mídia russa citou uma fonte não identificada no domingo (6) para afirmar que a Ucrânia estava perto de construir uma arma nuclear “bomba suja” baseada em plutônio, embora a fonte não tenha citado nenhuma evidência.

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, com o objetivo de “desmilitarizar” e “desnazificar” seu vizinho pró-ocidental e impedir que Kiev se junte à Otan.

O Ocidente, descartando esse raciocínio como um pretexto, respondeu com duras sanções a Moscou e pesadas forças militares e outras ajudas a Kiev.

As agências de notícias TASS, RIA e Interfax citaram “um representante de um órgão competente” na Rússia no domingo dizendo que a Ucrânia estava desenvolvendo armas nucleares na usina nuclear destruída de Chernobyl, que foi fechada em 2000.

O governo da Ucrânia disse que não tinha planos de voltar ao clube nuclear, tendo desistido de suas armas nucleares em 1994, após o desmembramento da União Soviética.

Pouco antes da invasão, Putin disse em um discurso cheio de queixas que a Ucrânia estava usando o know-how soviético para criar suas próprias armas nucleares, e que isso era equivalente a uma preparação para um ataque à Rússia.

Sombrio

O conflito entre Rússia e Ucrânia reacendeu o temor de um confronto que envolva arsenais nucleares. Com poucos dias de guerra no leste da Europa, o presidente russo Vladimir Putin pôs as equipes de defesa nuclear de seu país em alerta, temendo uma retaliação do Ocidente.

A Rússia, dona do maior arsenal nuclear do mundo — possui 6.257 ogivas nucleares, enquanto os EUA possuem 5.500 —, chegou a afirmar que a Ucrânia tinha um programa para desenvolvimento de bombas atômicas mais evoluído que o do Irã ou o da Coreia do Norte. A denúncia dos russos também aponta para o conhecimento dos Estados Unidos sobre os planos ucranianos.

Um grupo de especialistas não descarta a hipótese de que armas com tecnologia nuclear sejam usadas no futuro, já que na Segunda Guerra Mundial duas bombas atômicas foram jogadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

“Nunca é demais lembrar que os Estados Unidos são o único país a ter usado bombas nucleares em um conflito. Nós temos um precedente, sim. No final da Segunda Guerra Mundial, as bombas norte-americanas foram jogadas em cima de população civil”, relembra o professor James Onnig, da Facamp (Faculdades de Campinas).

O economista e doutor em relações internacionais Igor Lucena explicou que a forma como o conflito entre Rússia e Ucrânia se escalonou poderá reservar um futuro atômico, caso a guerra entre os dois países não alcance um cessar-fogo em breve.

“Se fosse há um mês, eu nunca estaria falando sobre a utilização de um arsenal atômico. […] O que imagino hoje, de uma maneira bem pragmática, é a possibilidade de um lançamento nuclear de aviso ou de advertência.”

Especialista em Rússia, o historiador Rodrigo Ianhez afirma que é “evidente” que a utilização do arsenal nuclear mundial é possível, na medida em que as potências militares não encontrem uma forma diplomática de resolver suas questões.

“É claro que é possível que o arsenal nuclear, que não apenas Estados Unidos e Rússia possuem, […] seja utilizado. Estamos em um momento que a situação está ganhando um caráter tenso, e evidente que as chances de isso ocorrer aumentam.”

Para a professora de relações internacionais da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Miriam Saraiva, é importante destacar que nem todas as armas com tecnologia nuclear são bombas atômicas, como as lançadas do céu japonês na década de 1940.

“As armas nucleares têm muitas categorias, digamos. Desde mísseis fortíssimos balísticos, que um joga contra o outro, até armas nucleares menores, se assim podemos dizer. Desde o submarino com propulsão nuclear, que não é uma arma, mas é movido a energia nuclear, até armas nucleares pequenas, localizadas.”

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