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Saúde Saiba como a variante Delta avança pelo mundo e como pode impactar o Brasil

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Setor se encontra 4,3% acima do nível pré-pandemia, embora esteja 14,4% abaixo do pico da série histórica, em abril de 2014. (Foto: Alex Rocha/PMPA)

A variante Delta do coronavírus já é considerada predominante em ao menos mais quatro países além da Índia, onde ela foi descoberta: Reino Unido, Israel, México e Bélgica.

Nos Estados Unidos, já há estimativas de que ela seja a responsável pelo maior número de casos. A Delta foi identificada no Brasil há cerca de um mês e provocou duas mortes. Nesta semana, ela foi identificada pela 1ª vez em um paciente da cidade de São Paulo.

A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, alertou no mês passado que a variante delta tem se tornado a cepa dominante em todo o mundo. Segundo ela, o alto ritmo de transmissão desta variante identificada tinha um papel importante na sua predominância, mas que as vacinas continuavam eficazes no combate ao vírus.

Mundo

— Reino Unido: Os países do Reino Unido foram os primeiros a reconhecer que a variante delta havia ultrapassado a alfa. No começo de junho, ela já era responsável por mais de 70% dos novos casos. A alta taxa de vacinação e a manutenção de medidas de distanciamento social evitaram altos índices de casos e mortes pela doença. No começo deste ano, o país teve picos de mortes acima de 1,2 mil vítimas a cada 24 horas, mas mantém sua média abaixo dos 20 óbitos diários por covid-19 desde o final de abril.

— Israel: Mesmo com 60% da população vacinada, Israel readotou restrições por conta da disseminação da variante delta. A preocupação aumentou após registros de mais de cem novas infecções por dia, sendo zero o número no começo do mês. A maioria dos novos infectados são jovens e crianças em idade escolar – que ainda não foram vacinados. Ainda que o número de casos tenha aumentado, o país segue com a pandemia sob controle e as vacinas utilizadas conseguem proteger a população de casos mais graves da doença. As mortes se mantêm próximo de zero desde o início de junho.

— México: Apenas 1/4 da população recebeu a 1ª dose da vacina e as autoridades mexicanas se preocupam com a variante delta, dominante nas maiores cidades. Dados do governo mexicano apontam um aumento de 64% das infecções por covid-19 em apenas 3 semanas de junho.

— Bélgica: Uma projeção feita pela universidade belga de Hasselt/Leuven aponta que mais de 50% das novas infecções registradas nesta primeira semana de julho já sejam da variante Delta do coronavírus. No início do mês passado esse número não chegava a 25% de todas as infeções do país, o que aponta uma rápida transmissão desta cepa principalmente em pessoas mais jovens. O país também avança lentamente na sua campanha de vacinação, e apenas 44% da população adulta recebeu as duas doses da vacina.

— Estados Unidos: O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) apontou uma estimativa de que, em 3 de julho, a delta representava 52% dos casos no país. As mortes no país estão em queda desde fevereiro, com uma forte campanha de vacinação puxada pelo governo de Joe Biden. O problema agora é convencer parte da população que se recusa a vacinar, o que fez com que os EUA não cumprissem a meta dos 70% vacinados até o dia da independência (em 4 de julho).

Brasil

E como fica o Brasil? Veja as perspectivas em três tópicos:

1) Total de vacinados e vulneráveis: Com ritmo lento de vacinação, o País tem 37% da sua população vacinada com a 1ª dose. O número fica em 13% quando se avalia a parcela da população que foi completamente imunizada.

Para tentar agilizar o processo, o Acre e algumas capitais, como Recife, Goiânia e Fortaleza, estão adiantando a aplicação da segunda dose da AstraZeneca. Anteriormente, o prazo estabelecido entre uma aplicação e outra do imunizante era de 90 dias. Com a mudança nessas regiões, o intervalo caiu para pelo menos 60 dias.

2) Momento diferente da Índia: Ester Sabino, imunologista e pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), avalia que a situação do Brasil no momento é diferente da que a Índia encontrou quando surgiu a Delta. Segundo ela, acabamos de passar por um pico da doença, o que pode contribuir para menos infecções da nova variante.

Os mais vulneráveis serão os brasileiros que ainda não completaram o ciclo vacinal e/ou não foram infectados pelo coronavírus anteriormente. Por isso é urgente manter as regras de distanciamento e o uso de máscaras eficazes e bem ajustadas.

3) Disputa com a variante gama: ainda é cedo, segundo Sabino, para dizer se a delta poderá passar a dominar o país no lugar da variante gama, antes chamada de P.1. Estudo europeu com pesquisadores da Organização Mundial da Saúde e do Imperial College London apontam que, em comparação com a variante original do coronavírus, a gama é cerca de 50% mais transmissível. Já a delta, é 100% mais.

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