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Economia Saiba como o Open Finance vai mudar a vida dos clientes de bancos; diretor do Banco Central explica o que vem por aí

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Depois do Pix, o sistema de Open Finance já é uma realidade no Brasil. (Foto: Reprodução)

Depois do Pix, o sistema de Open Finance já é uma realidade no Brasil e vem mudando a cara da relação dos clientes com os bancos. A palavra em inglês significa “sistema financeiro aberto” e, no mundo bancário, representa a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros autorizarem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o diretor de regulação do Banco Central (BC), Otávio Damaso, antecipa que uma nova era está chegando com o Open Finance: a dos superapps dos bancos.

O sistema tem chamado ainda mais atenção dos clientes bancários após o presidente do BC, Roberto Campos Neto, ter afirmado que “em até dois anos, não terá mais app do Bradesco, Itaú. Será um app agregador que, pelo Open Finance, vai dar acesso a todas as contas”.

O diretor Damaso explicou em detalhes o futuro do Open Finance no Brasil e como o cliente bancário pode tirar proveito dele ao autorizar o compartilhamento dos seus dados.

“Não vai existir um app único. Vai existir um superapp de cada banco. Só que eles vão estar se comunicando via Open Finance, se o cliente autorizar que o dado flua de um banco para o outro”, explica. Ele prevê que os superapps serão cada vez mais “parrudos” com o aumento da competição.

Na entrevista, Damaso compara a implantação do Open Finance a uma jornada em que inovações tecnológicas para a oferta de novos serviços serão rapidamente incorporadas aos aplicativos, que serão também uma plataforma de acesso ao varejo.

Com mais informações, os bancos podem oferecer benefícios que vão desde um pagamento de Pix com mais funcionalidade, empréstimos com juros mais baixos, cartão de crédito com taxas mais baratas até a oferta de um investimento com retorno mais alto. “Hoje, tem instituições financeiras que já falam para o BC que 80% das operações de crédito que concedem foram qualificadas a partir das informações do Open Finance”, destaca Damaso.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

1) Como traduzir de forma simples o Open Finance?

É uma infraestrutura que permite o compartilhamento das informações de cada cliente bancário entre as instituições financeiras – é claro que a partir do consentimento do cliente. Se sou correntista do banco A e estou atrás de um produto ou serviço financeiro melhor no banco B, posso autorizar que o banco A, que tem todo o histórico da minha vida financeira, compartilhe meus dados com o banco B, que vai me analisar e poderá me oferecer produtos. Mais do que isso: ele permite que você faça transações financeiras acessando a sua conta no banco B, a partir do app do banco A.

2) De que forma?
Tudo é feito a partir de APIs (interfaces de programação de aplicações) que foram desenvolvidas pelos próprios bancos. É um canal bilateral, onde a informação transita do banco A para o banco B de forma totalmente segura. Só participam do Open Finance as instituições que são reguladas e autorizadas pelo Banco Central do Brasil.

3) O que esperar do impacto do Open Finance na concorrência bancária e na economia?

Com certeza, o Open Finance vai transformar o sistema financeiro nos próximos cinco anos, dez anos. Ele é um processo, é uma jornada longa, que vai trazer muito mais conveniência, melhores produtos e serviços para o consumidor. Naturalmente, vai fomentar um ambiente ainda mais competitivo no sistema financeiro nacional.

4) Quando o Open Finance estiver totalmente implementado, o cliente terá um único aplicativo, que vai unificar as informações?

Não. Vamos esclarecer alguns pontos: os aplicativos dos bancos são atualmente o principal instrumento de relacionamento entre o banco e o cliente. O app de cada banco já está num processo de transformação. Não vai existir um app único. Vai existir o app do seu banco A, do seu banco B, que, nesse processo de transformação, vai ter uma série de informações.

O Open Finance vai estar dentro do app desse banco. Os apps dos bancos ficarão cada vez mais poderosos, parrudos, com mais informações e, provavelmente, com serviços e produtos que vão, em alguns casos, até além do serviço financeiro. Você pode entrar hoje num app de banco com acesso a marketplaces, que oferecem condições melhores para você comprar.

5) Não haverá, então, um app único?

Não. Vai existir um superapp de cada banco. Só que eles vão estar se comunicando via Open Finance, se o cliente autorizar que o dado flua de um banco para o outro.

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