Terça-feira, 14 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 21 de novembro de 2023
Os ministros do Turismo, Celso Sabino, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniram na noite de segunda-feira (20), com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para tratar da redução do preço do QAV (querosene da aviação civil). Segundo levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o preço do combustível é responsável por cerca de 36,6% do preço dos bilhetes aéreos no País no primeiro semestre.
“Nos preocupa o fato de que o preço do combustível pode atrapalhar o bom momento que vive o turismo brasileiro, em especial na alta temporada que começa em novembro. A reunião de hoje é mais uma ação do governo federal para tratar dessa questão que é um gargalo para toda a nossa atividade”, comentou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Na ocasião, Silveira recebeu às contribuições, ressaltando a importância do trabalho conjunto entre os ministérios e reiterou que vem trabalhando para garantir menores preços do QAV, óleo diesel e gasolina.
De acordo com Costa Filho, a alta no preço do combustível tem prejudicado fortemente no crescimento da aviação civil e do turismo nacional. Enquanto no Brasil o impacto do QAV nas passagens é de quase 40%, no restante do mundo ele representa entre 18% a 22% no preço médio das passagens aéreas.
Produção nacional
No Brasil, a Petrobras detém, atualmente, 93% da produção nacional de QAV, sendo o único importador do país. Apesar dos dados, a estatal estaria praticando 13% acima do preço de paridade internacional, com preço por litro 0,49 centavos acima do Preço de Paridade de Importação (PPI).
Inflação
A inflação do país foi de 0,24% em outubro, após a alta de 0,26% no mês anterior. É o quarto mês seguido de taxas positivas do indicador. O maior impacto individual no resultado de outubro veio dos preços das passagens aéreas, que subiram 23,70% na comparação com o mês anterior. Esse item já vinha de uma alta de 13,47% em setembro. No ano, a inflação acumulada do país é de 3,75% e, nos últimos 12 meses, de 4,82%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado no último dia 10 pelo IBGE.
“É o segundo mês seguido de alta das passagens aéreas. Essa alta pode estar relacionada a alguns fatores como o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.