Segunda-feira, 20 de outubro de 2025

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Mundo Saiba como o Reino Unido pretende vacinar toda a sua população até julho

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A meta é iniciar o ano letivo no país, a partir de setembro, sem a possibilidade de interrupção pela alta de número de casos. (Foto: Reprodução)

Montou-se uma operação de guerra no Reino Unido. Com contingentes do NHS (o SUS britânico), das Forças Armadas e milhares de voluntários, entre eles médicos aposentados, mais de 1.500 pontos de vacinação foram abertos. Além de hospitais e clínicas, ginásios, estádios, catedrais e prédios históricos viraram cenário da imunização. A brasileira Monica O’May, de 63 anos, ainda não acredita na sorte que teve. Mudou-se de bairro, e ao registrar o novo endereço no sistema do NHS, foi chamada dois dias depois para a primeira dose da Pfizer. A explicação pode estar na agilidade do programa do bairro, ou no seu perfil demográfico mais jovem.

“Quase detonei o e-mail. Achava que era outra convocação de vacina da gripe. Quando vi o que era, marquei o primeiro dia, primeiro horário. Fiquei com medo das nevascas, de acabarem as vacinas”, conta Monica, que foi imunizada na biblioteca da Charlton House, um edifício do século XVII, em Greenwich.

Como em muitos países, a campanha é por ordem de idade. Neste momento, estão sendo convocadas as pessoas com mais de 70 anos. Os convites são feitos por e-mail e por telefone. As clínicas da família enviam aos pacientes atualizações quase diárias sobre o processo. O sistema de saúde britânico é gratuito e centralizado. Tem todas as informações médicas da população.

O secretário de Saúde, Matt Hancock, chegou a dizer que o plano que definiu a lista de prioridades teria sido inspirado no filme “Contágio” (2011). Horas depois, diante da reação às declarações, afirmou que o longa não foi a única fonte do governo.

Com 3,9 milhões de casos e mais de 110 mil óbitos, o Reino Unido é o quarto país do mundo em número mortes para cada 100 mil habitantes. Os novos casos diários ainda não baixaram de 20 mil, apesar do confinamento vigente desde o dia 4 de janeiro. O número de mortes também continua elevado. Mas as curvas começam finalmente a ceder, como efeito da quarentena e das vacinas.

É a tal da luz no fim do túnel a que se refere o primeiro-ministro, Boris Johnson. Mas ainda não há sinal de quando o confinamento será flexibilizado. Johnson tem pressa com o programa de vacinação para reconquistar a confiança do público. O sucesso da imunização pode salvar a sua pele também dentro do Partido Conservador, no qual já foi acusado tanto de demorar a reagir à pandemia quanto de fechar a economia.

Segundo Julian Tang, Boris relutou em adotar inicialmente medidas mais drásticas, como fizeram países asiáticos. Isso justificaria a perda do controle do vírus. “Eles focaram em outros aspectos, o sequenciamento viral, testes de medicamentos e vacinas, o que não afeta as liberdades individuais”, afirmou Tang.

O investimento em pesquisa também foi responsável pelo fato de o Reino Unido ter sido o primeiro país a identificar uma nova cepa mais contagiosa do coronavírus, no final de 2020. Para Tang, mesmo com a vacinação acelerada, o país só deverá controlar bem o vírus depois que algo em torno de 60% ou mais da população estiver vacinada.

“Como nenhuma vacina é 100% eficiente e algumas pessoas vão se recusar a recebê-las, novas variantes virais vão continuar a surgir, bebês e crianças não vacinados inicialmente vão continuar sendo um reservatório para o vírus. E somam 20% da população”, diz.

Isso quer dizer, segundo o professor, que nenhum país estará complemente “livre” do vírus. Mesmo com as campanhas de vacinação em massa, terão de manter algumas medidas de distanciamento social, o uso de máscaras e aprender a conviver com a morbidade da Covid-19 até que o vírus se torne mais sazonal e menos mortal ao longo do tempo, como aconteceu com a gripe.

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https://www.osul.com.br/saiba-como-o-reino-unido-pretende-vacinar-toda-a-populacao-ate-julho/ Saiba como o Reino Unido pretende vacinar toda a sua população até julho 2021-02-07
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