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Mundo Saiba mais sobre a nova legislação contra aquecimento global aprovada nos Estados Unidos

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Medidas sancionadas por Biden colocam o segundo maior poluidor do planeta mais perto da meta de redução das emissões de CO2. (Foto: Reprodução/Twitter)

Quando a maior economia do planeta toma uma decisão histórica sobre o combate ao aquecimento global, o mundo deve comemorar. Nos Estados Unidos, os senadores aprovaram no domingo um pacote que destinará US$ 369 bilhões à redução da crise climática, a maior injeção de dinheiro público na área já aprovada no país. O Senado era o maior empecilho no caminho das medidas. Em Washington, é tido como certo que serão aprovadas na Câmara e sancionadas pelo presidente Joe Biden provavelmente até o fim desta semana.

Batizada com o esdrúxulo nome de Lei da Redução da Inflação, a legislação prevê várias medidas além da agenda ambiental, como regras para a compra de medicamentos pelo governo federal ou aumento dos impostos para grandes empresas. Mas seu principal foco é sem dúvida o aquecimento global.

Trata-se da primeira legislação de vulto que tenta coibir explicitamente a emissão de gases, num país onde o negacionismo climático ainda tem representação política expressiva. Ao longo do século XX, os Estados Unidos foram o maior emissor de gases do planeta. Perderam o posto para a China, mas ainda estão isolados na segunda posição. Sem a transição americana para uma economia de baixo carbono, não haverá uma redução do ritmo do aquecimento planetário.

Entre as principais medidas aprovadas estão multas maiores pelo lançamento ilegal de metano na atmosfera; investimentos para que comunidades de baixa renda se tornem mais sustentáveis; subsídios para painéis solares, turbinas eólicas, baterias e reatores nucleares; dinheiro para reduzir emissões do setor agrícola e para estimular o processamento de minerais; e auxílio de até US$ 7.500 para a compra de carros elétricos.

Os US$ 369 bilhões são muito pouco se comparados aos planos trilionários dos democratas quando conquistaram o controle das duas Casas do Congresso em 2020. Naquela época, falava-se em US$ 4 trilhões, e uma das metas era chegar a 2035 com toda a eletricidade produzida sem emitir carbono. Em 2050, o país tranquilamente neutralizaria 100% das emissões. Mas a oposição dentro do próprio Partido Democrata, de estados como Arizona ou Virgínia Ocidental, inviabilizou o sonho mais ambicioso. A vitória no Senado só aconteceu depois de uma costura política que resultou em incentivos para gasodutos — contradição para os críticos; pedágio necessário no caminho da energia limpa para os defensores.

Quando assumiu, a meta de Biden era que as emissões em 2030 equivalessem à metade do nível de 2005. Com a nova lei, estima-se que a redução será de 40%. Sem ela, não chegaria a 30%. Dado o histórico e o presente dos Estados Unidos como grande poluidor, o país ainda pode — e deve — fazer muito mais pelo planeta. Mas pelo menos começa a andar na direção certa.

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https://www.osul.com.br/saiba-mais-sobre-a-nova-legislacao-contra-aquecimento-global-aprovada-nos-estados-unidos/ Saiba mais sobre a nova legislação contra aquecimento global aprovada nos Estados Unidos 2022-08-13
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