Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2019
Em caso de picada de escorpião, procure atendimento médico imediatamente, informe o máximo de características possível do bicho, não faça torniquete, não tente “chupar o veneno” nem use álcool, querosene, fumo ou pó de café.
E, se possível, caso isso não atrase muito a ida a uma unidade de saúde, lave o local da picada com água e sabão, mantenha a vítima em repouso e com o membro afetado elevado. Nos últimos cinco anos, o número de envenenamentos por escorpião no Brasil cresceu 80%, de 78 mil para 141 mil. Quatro em cada 10 mil pessoas picadas morrem.
Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica, em 2019 já foram registrados 4.025 casos e duas mortes relacionados a acidentes com escorpião no Estado de São Paulo, por exemplo. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, as ações de combate e prevenção relacionadas a zoonoses competem aos municípios.
O aumento pode ser explicado pelos sucessivos recordes de temperatura alta (o metabolismo dos escorpiões aumenta no calor), o aumento de construções irregulares e de entulho (que servem de abrigo para os bichos) e a quantidade abundante de alimentos.
A maior parte dos acidentes com escorpiões é resolvida apenas com a higienização do local e, eventualmente, com o uso de anestésicos e analgésicos em um serviço de saúde. Em casos mais graves, pode ser crucial o uso de soro antiescorpiônico. Esse soro é fabricado da mesma forma que aquele que é utilizado contra o veneno de serpentes, a partir da imunização de cavalos e posterior purificação de seu plasma, processo conhecido como aférese.
A picada pode causar os seguintes sintomas: dor local; suor excessivo; náuseas; agitação; vômitos; alteração da pressão; arritmia; edema pulmonar; choque; morte.
Prevenção
Os escorpiões ficam mais ativos no calor e são noturnos. Para evitar acidentes é possível adotar medidas como: sacudir roupas e calçados, não colocar mãos em buracos, em troncos podres ou sob pedras, usar proteção ao manusear jardim e material de construção, evitar que a roupa de cama e os mosquiteiros encostem no chão e evitar pendurar roupas na parede e nas portas
O site do Ministério da Saúde oferece a lista completa por estado na seção “Lista de hospitais – acidentes com animais peçonhentos”: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/acidentes-por-animais-peconhentos.