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Brasil Saiba quem era Marielle Franco. Veja depoimentos de mulheres sobre a vereadora assassinada no Rio de Janeiro

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A vida da política foi dedicada à militância na defesa dos direitos humanos. (Foto: Reprodução)

Mulher, negra, mãe, feminista, socióloga, “cria da favela”, como ela mesmo gostava de falar. Nascida no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, em 27 de julho de 1979, Marielle Francisco da Silva, a Marielle Franco, era referência na luta pelos direitos humanos. A mais recente conquista na área foi o mandato de vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, eleita pelo PSOL.

Com bolsa integral, após ser aluna do Pré-Vestibular Comunitário da Maré, Marielle Franco se graduou em Ciências Sociais pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). Durante os estudos na PUC, ela não se envolveu com movimentos estudantis, por conta da pouca disponibilidade de tempo, dividido entre estudos e trabalhos para sustentar a filha Luyara, nascida quando Marielle tinha 19 anos. Hoje, a jovem tem 18 anos.

Com o diploma de socióloga, ela, que já tinha trabalhado como educadora infantil na Creche Albano Rosa, na Maré, se tornou professora e pesquisadora respeitada. Depois virou mestre em Administração Pública pela UFF (Universidade Federal Fluminense).

A vida da política foi dedicada à militância na defesa dos direitos humanos e contra ações violentas nas favelas. A luta foi impulsionada após a morte de uma amiga, vítima de bala perdida, durante um tiroteio envolvendo policiais e traficantes de drogas na favela onde nasceu e viveu.

Marielle Franco integrou, em 2006, a equipe de campanha que elegeu Marcelo Freixo à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Após a posse dele como deputado, foi nomeada assessora parlamentar dele. Depois assumiu a coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da assembleia.

Há dois anos, na primeira disputa eleitoral, foi eleita com 46.502 votos para o cargo de vereadora na capital carioca pela coligação Mudar é possível, formada pelo PSOL e pelo PCB. Marielle Franco foi a quinta mais votada na cidade. Sua trajetória acadêmica e política lhe valeu a declaração pública de voto de 257 acadêmicos e professores, que declararam apoio a Marielle.

“Nossa conta era de superar cerca de 6 mil ou 6,5 mil votos. Até o último minuto no sábado à noite a gente estava fazendo campanha. Fiquei muito feliz com essa votação expressiva porque eu acho que é uma resposta da cidade nas urnas para o que querem nos tirar, que é o debate das mulheres, da negritude e das favelas”, disse ela pouco depois dos resultados.

Políticos, governos, partidos e entidades lamentaram morte da vereadora Marielle Franco. A cantora Teresa Cristina também prestou homenagem à Marielle. “Difícil pensar alguma coisa nesse momento de tanta dor. Que os familiares de Marielle Franco encontrem algum conforto diante de tamanha brutalidade”.

O mesmo fez a atriz Mônica Iozzi. Em seu post, ela contou que conhecia Marielle. “Ela lutava pela paz, por oportunidades iguais para todos. Denunciava a corrupção na câmara, na polícia…”, escreveu.

Elza Soares se disse horrorizada. “Das poucas vezes que me falta a voz. Chocada. Horrorizada. Toda morte me mata um pouco. Dessa forma me mata mais. Mulher, negra, lésbica, ativista, defensora dos direitos humanos. Marielle Franco, sua voz ecoará em nós. Gritemos.”

Marisa Monte lamentou: “Muita tristeza pelo assassinato covarde de Marielle, uma mulher, servidora pública que lutava contra forças criminosas e trabalhava por uma cidade menos desigual. Muita tristeza pela situação crítica em que chegamos e pela ineficácia vergonhosa do poder público”.

Andreia Horta: “Há poucas semanas nos encontramos e nos demos um forte abraço e eu disse a ela: votei em você! Agora meu desejo mais profundo é que os deuses acordem furiosos. Que os deuses acordem os homens”.

Carol Barcellos: “A voz nunca se cala!! E ela falou! De forma linda e corajosa!! Mas que covardia!!!!! Luto por Marielle e pelo motorista Anderson Pedro Gomes!”.

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