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Mundo Saiba quem são as duas estudantes brasileiras de Medicina executadas em cidade de fronteira no Paraguai

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Jovens estavam em caminhonete atingida por dezenas de tiros. (Foto: Reprodução)

A chacina que marcou um dos mais recentes capítulos na violência associada ao tráfico de drogas na região de fronteira entre o Estado de Mato Grosso do Sul e o Paraguai teve entre os mortos duas brasileiras que cursavam Medicina no país vizinho. Elas foram baleadas junto com outras pessoas na cidade de Pedro Juan Caballero, separada de Ponta-Porã (MS) apenas por uma rua.

Assim que entraram em uma caminhonete após deixar uma casa noturna, Kaline Reinoso de Oliveira, 22 anos, natural de Dourados (Ms) recebeu 14 tiros, ao passo que Rhannye Jamilly Borges, de 18, foi atingida por dez disparos.

Também morreram a paraguaia Haylee Carolina Acevedo Yunis, 21 anos, filha do governador do Estado de Amambai, Ronald Acevedo, com seis disparos, e Omar Vicente “Bebeto” Álvarez Grance, de 32. Ele foi alvejado mais de 30 vezes e suspeita-se que o verdadeiro alvo do ataque era ele, em um caso envolvendo retaliação no âmbito de disputas pelo tráfico de drogas.

Um vídeo de câmeras de segurança mostra a execução: as quatro vítimas entram no veículo, com placa brasileira, e em seguida outra caminhonete, com placa do Paraguai para loco atrás e três homens armados saem dela, já atirando com fuzis e pistolas. Eles deixam a cena do crime em seguida.

Na manhã de segunda-feira (11), a polícia paraguaia prendeu seis brasileiros suspeitos de envolvimento crime. Eles estavam em um sobrado na localidade vizinha de Cerro Corá. No local foram apreenderam três carros, celulares, jóias e porções de maconha. O grupo teria abandonado e queimado uma caminhonete semelhante à utilizada no ataque.

Familiares

A família da brasileira Rhannye Jamilly Borges afirma que tinha medo da violência naquela região, mas que a jovem estava realizando o sonho de estudar Medicina no país vizinho.

“A gente não queria que ela fosse porque sabia que era perigoso. Conversamos muito com ela antes de ela ir, mas Rhannye considera isso como uma questão de tudo-ou-nada. Curso Medicina era a sua razão de viver e ela estava muito feliz por realizar esse sonho”, relata a madrasta Silvana Moura.

Em Curvelândia (MT), a jovem morava com o pai, a mulher dele e os irmãos – a família é dona de um minimercado. Ela iniciou o curso no Paraguai mas interrompeu os estudos para voltar ao Brasil por causa da pandemia de coronavírus. Em fevereiro, retornou ao país vizinho para retomar a faculdade.

“Estamos em choque, nunca esperávamos passar por isso. Meu marido [pai da vítima] está sem condições de falar, é um momento muito complicado para todos”, relatou Silvana.

As brasileiras Kaline e Rhannye eram colegas de curso da filha do governador paraguaio. Kaline havia começado a faculdade de Medicina seis meses antes. “Ela estava fazendo on-line, por causa da pandemia, e há um mês se mudou pra Ponta Porã, com a volta das aulas presenciais. A gente não conhecia nenhuma amiga dela da faculdade, eram todas novas”, explicou o padrasto Anderson Coelho.

Ele e a esposa sempre se preocupavam com Kaline e davam conselhos. Em vão: “Ela falou que ia em uma festa e a gente costumava ficar apreensivo. Lembramos a ela o fato de que naquela região se mata uma pessoa por dia, mas sair para festas é algo normal para os jovens de hoje”.

Onda de assassinatos

Pelo menos 15 assassinatos na região de fronteira foram registrados nos últimos 14 dias, conforme as polícias brasileira e paraguaia. Os crimes aconteceram entre os municípios de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, no departamento de Amambay. As cidades são separadas por apenas uma rua.

Conforme as autoridades policiais da região, a fronteira faz parte de rotas de comércio ilegal e é disputada por quadrilhas do tráfico de armas, drogas, contrabando e outros crimes.

Vereador executado

Outro brasileiro executado na região é Farid Charbell Badaoui Afif (DEM), 37 anos, vereador de Ponta Porã. O parlamentar municipal circulava de bicicleta na tarde da última sexta-feira (8), quando um motociclista, ainda não identificado, passou por ele atirando. Atingido por disparos de pistola calibre 45, ele não resistiu. O caso segue sob investigação.

 

 

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