Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 18 de julho de 2022
Apesar de ter sido instituído em 2019, ainda nem todos os brasileiros conhecem o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As pessoas que aderem a essa modalidade conseguem resgatar uma parcela do saldo das contas ativas e inativas anualmente, durante o mês do aniversário.
O período para escolher pelo saque-aniversário acaba no último dia do mês de nascimento do trabalhador. O resgate fica disponível por três meses, a partir do primeiro dia útil do mês de aniversário.
Os brasileiros que desejam devem optar pelo saque-aniversário pelo aplicativo FGTS ou pelo site fgts.caixa.gov.br. Lá, devem clicar em “Meu FGTS” e acessar a aba “Saque-aniversário”. Então, devem ler e concordar com os termos e condições e clicar em “aderir ao saque-aniversário”. A Caixa permite fazer uma simulação de quanto as pessoas irão receber.
A parcela das contas do Fundo de Garantia que pode ser retirada é diferente conforme o saldo da conta. Quanto mais baixo o saldo, maior percentual de saque da parcela. Os trabalhadores com até R$ 500 conseguem sacar 50%. Já os brasileiros com acima de R$ 20 mil podem sacar 5% mais um valor fixo de R$ 2.900.
As pessoas que aderem ao saque-aniversário perdem a chance de resgatar o saldo integral do FGTS ao serem demitidas. O que continua igual é o acesso à multa rescisória de 40% sobre o valor depositado pelo empregador em caso de demissão sem justa causa, além da possibilidade de retirada para aposentadoria, compra da casa própria ou doença grave.
Especialistas em finanças pessoais afirmam que o Fundo de Garantia acaba funcionando como uma poupança forçada e não deve ser usado para compras por impulso. Para quem não tem disciplina financeira, é melhor não aderir ao saque-aniversário, para poder contar com o dinheiro em caso de demissão.
Contudo, os trabalhadores com disciplina financeira podem escolher pelo saque-aniversário e usar o dinheiro de uma forma mais inteligente, conforme especialistas. O dinheiro pode ajudar a quitar dívidas com taxas de juros altas ou quem está atravessando uma emergência e têm dificuldade de arcar com as contas básicas para a sua subsistência, como água e luz.
Além disso, vale a pena optar pela modalidade para investir esse dinheiro em uma aplicação financeira que renda mais do que o FGTS, que atualmente paga apenas 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), indica Fernanda Melo, planejadora financeira certificada pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar). Não é difícil de achar esses investimentos, com a Selic, taxa básica de juros referência para as aplicações de renda fixa, em 13,25% ao ano.
A prioridade deve ser formar uma reserva de emergência em um investimento de renda fixa com liquidez diária, como títulos atrelados à Selic no Tesouro Direto, CDBs com retorno de 100% do CDI ou mais e fundos DI (também chamados de fundos simples) sem taxa de administração. Quem já tem uma reserva de emergência pode começar a montar uma carteira de investimentos mais diversificada.