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Mundo Se uma guerra nuclear fosse iniciada, a humanidade seria extinta em 72 minutos, diz especialista

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Segundo especialistas, informações sobre os efeitos de uma guerra nuclear pode servir para evitar que isso se torne realidade. (Foto: Reprodução)

Entre o momento em que um botão é apertado e o fim da civilização, o intervalo pode ser de meros 72 minutos: menor do que uma partida de futebol. Nesse período, o lançamento de uma única bomba atômica descamba para a troca indiscriminada das mais de 12 mil ogivas existentes hoje no mundo. Para alertar que não estamos livres do perigo atômico, em janeiro o Boletim dos Cientistas Atômicos ajustou o “Relógio do Juízo Final”: em sua metáfora, estamos a 89 segundos da catástrofe definitiva. Em 1947, quando o relógio foi criado, eram 7 minutos.

Além das centenas de milhões de mortes imediatas no momento das explosões, a nuvem de poeira provocaria um inverno nuclear capaz de dar cabo de 5 bilhões de humanos. Nas palavras do líder soviético Nikita Khrushchev (1894-1971): os sobreviventes invejariam os mortos.

Em “Guerra nuclear: Um cenário”, a jornalista americana Annie Jacobsen relata em detalhes o que aconteceria se um missil norte-coreano fosse lançado contra Washington e os americanos retaliassem. A sequência de erros que leva à destruição da humanidade reproduz o que Jacobsen aprendeu em dezenas de entrevistas com militares, cientistas e outros responsáveis pela política atômica americana desde o início da Guerra Fria, nos anos 40.

“Percebi que estava lidando com uma bomba-relógio durante uma entrevista com um ex-comandante do Stratcom [Comando Estratégico dos EUA], o general Robert Kehler, alguém que normalmente não fala com jornalistas. Mas foi durante a pandemia e muitos dos generais e almirantes que entrevistei estavam, como todos nós, em casa, talvez um pouco entediados, provavelmente pensando em coisas existenciais. Perguntei à queima-roupa o que aconteceria no pior cenário de um conflito nuclear em larga escala entre os EUA e a Rússia. Ele disse: ‘O mundo pode acabar nas próximas horas’. Esse foi meu momento ‘tudo está perdido’, e entendi que meu trabalho seria descobrir por que isso poderia acontecer tão rápido. Uma guerra nuclear se desenrola em segundos e minutos, não em dias e semanas”.

Annie Jacobsen relata que ficou chocada com o que aprendeu com o chefe da Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos (Fema). A agência responsável por lidar com a população após qualquer evento, como um furacão ou um terremoto, mas até mesmo um ataque nuclear.

Ao questionar Craig Fugate, chefe da Fema no mandato de Barack Obama, sobre como seria o resgate das pessoas se uma arma nuclear explodisse, ele lhe respondeu: “Em uma guerra nuclear, não há planejamento de proteção, porque todos estarão mortos”. Nem todos estariam mortos. Algumas pessoas ficariam vivas por um momento. Mas ninguém virá. “E quando ouvi isso de Fugate, o responsável pelo planejamento… Acho que, na verdade, a pergunta não é como essas pessoas se sentiriam, mas “como eu me sentiria?”.

A jornalista considera fundamental o impacto da cultura popular nesse debate. “Vou contar uma anedota que não está no livro. As armas nucleares aparecem em todos os meus livros porque entrevistei pessoas que fizeram parte de diferentes equipes que as construíram, desenvolveram e testaram. Estive várias vezes no arquivo de Los Alamos. Quando eu pedia documentos, sempre me sentia tratada friamente. Mas, com este livro, foi diferente. Perguntei: por que vocês ficaram mais amistosos? Eles disseram: ‘Oppenheimer”. Não o homem, mas o filme. Os arquivistas e historiadores de Los Alamos receberam uma enxurrada de interesse de pessoas do mundo todo. Com informações do Valor Econômico

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https://www.osul.com.br/se-uma-guerra-nuclear-fosse-iniciada-a-humanidade-seria-extinta-em-72-minutos-diz-especialista/ Se uma guerra nuclear fosse iniciada, a humanidade seria extinta em 72 minutos, diz especialista 2025-06-19
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