Domingo, 01 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 30 de maio de 2025
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) anunciou nessa sexta-feira (30) a divulgação de boletim quinzenal sobre o sarampo em Porto Alegre. Conforme a mais recente atualização, a capital gaúcha registra neste ano – em abril – um caso confirmado de sarampo, o que não ocorria desde 2020. O paciente foi um homem de 50 anos, não vacinado e com viagem recente aos Estados Unidos, país onde há circulação da doença.
No momento, seis suspeitas estão sob investigação. O número faz parte de um total de 29 indivíduos com sintomas que motivaram a realização de testes adicionais, com 28 resultados negativos. A maioria (24) é de moradores da capital gaúcha.
Diante da alta transmissibilidade do vírus, o caso confirmado em abril fez a prefeitura emitir alerta a todos os serviços de saúde para reforçar a identificação precoce e a adoção imediata de medidas preventivas. É importante ressaltar uma pessoa pode transmitir a doença antes de manifestar sintomas, fato que amplia o risco de contágio.
A semelhança clínica entre sarampo e dengue (também em situação de epidemia na cidade) exige atenção especial na triagem de pacientes. Os profissionais de saúde estão atentos a sinais como incluem febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele.
“Reforçamos que a imunização é a forma mais eficaz de prevenção”, salienta a enfermeira Raquel Carboneiro, técnica da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis. “A população deve conferir a situação vacinal e, em caso de dúvida, procurar qualquer posto de saúde.”
Atendimento e notificação
A Secretaria orienta que pacientes com suspeita de sarampo sejam isolados imediatamente e recebam máscara de proteção ainda na recepção das unidades da rede. O uso de precauções contra aerossóis deve ser iniciado assim que houver suspeita clínica.
O sarampo é uma doença de notificação compulsória, que deve ser feita ainda na presença do paciente, por meio do telefones (51) 3289-2471 ou 3289-2472 (horário comercial). Há também um plantão epidemiológico em regime 24 horas, todos os dias da semana.
Após a notificação, é orientada a coleta de exames. O paciente deve permanecer em isolamento por quatro dias após o início das manchas no corpo.
As equipes devem levantar todos os locais por onde o paciente circulou entre seis dias antes e quatro dias após o aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo. Quem teve contato com a pessoa infectada deve receber a vacina em até 72 horas, a menos que tenha o esquema vacinal completo. Após esse prazo, recomenda-se a vacinação seletiva. Todos os contatos devem ser monitorados por 30 dias quanto ao surgimento de sintomas.
Vacinação
O sarampo é uma doença muito transmissível, mas que pode ser prevenida com vacina, oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Confira, a seguir, o esquema de imunização conforme a faixa etária:
– 1 ano a 5 anos imcompletos: uma dose de tríplice viral com 1 ano de idade e uma dose de tetra viral aos 15 meses de idade.
– 5 a 29 anos, sem vacinação: duas doses da tríplice viral, com intervalo de um mês entre cada uma.
– 30 a 49 anos: uma dose da tríplice viral.
– Profissionais da saúde, independentemente da idade: duas doses da tríplice viral.
– Contatos de pessoa com suspeita da doença precisam conferir a condição vacinal, independentemente da idade.
(Marcello Campos)