Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 15 de junho de 2020
Mansueto Almeida anunciou a sua saída do governo no domingo
Foto: Arquivo/Agência BrasilO secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que a sua saída do cargo, anunciada no domingo (14), não mudará a política de ajuste fiscal do governo federal. Em entrevista ao jornal O Globo, o economista disse que o seu sucessor será uma pessoa comprometida com o ajuste. Se não for, “ele não sobrevive um dia” no cargo.
Mansueto declarou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é o grande fiador do ajuste nas contas públicas e que decidiu sair agora porque está “cansado” e para que o próximo secretário possa participar das discussões de medidas pós-coronavírus. Mansueto irá para a iniciativa privada, após cumprir quarentena de seis meses.
O economista está no cargo desde 2018 e no governo desde 2016. É considerado um dos fiadores do ajuste fiscal em curso no País em razão da sua defesa enfática, dentro e fora do governo, da necessidade de equilibrar as contas públicas.
“Estou saindo, mas não é exatamente agora. É no final de julho ou agosto, porque vou combinar a transição. O motivo de sair agora foi basicamente duas coisas. A gente vai começar depois do meio do ano as discussões para a política pós-Covid. É política que vai até o fim do governo. A minha decisão era: ou eu saio agora, depois do meio do ano, ou fico até o fim do governo. E, para ficar até o fim do governo, eu estou muito cansado. Estou quatro anos aqui. É bom, eu gosto do trabalho de secretário do Tesouro, do setor público, mas cansa um pouquinho. O mais justo é eu sair e o meu sucessor já entrar na discussão das políticas pós-Covid, porque ele fica até o final do governo. Eu vou fazer essa transição tranquilamente até agosto. Se precisar mais tempo, fico mais tempo. Não é nada de imediato”, explicou Mansueto.