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Mundo Seis países no mundo avançam em saída da quarentena, adotada por causa do coronavírus

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Na terça-feira os casos dobraram na Itália em relação ao dia anterior e chegaram a 78.313. (Foto: Reprodução)

Chegou a seis na terça (7) o número de países europeus que já preveem uma data ou já começaram a relaxar parte das medidas de distanciamento implantadas para combater a pandemia de coronavírus.

Áustria, Dinamarca, Noruega, República Tcheca e Bélgica anunciaram tentativas de retomar atividades em escolas, lojas e empresas. A Eslováquia reabriu parte do comércio fechado durante a quarentena.

Os anúncios ilustram na prática a teoria anunciada na segunda (6) pelo diretor-executivo do programa de emergências sanitárias da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan: a saída do lockdown deve seguir ritmos diferentes em cada país e pode ser um desastre se não houver planejamento e capacidade técnica de monitorar a evolução dos contágios.

Os cinco países que anunciaram para depois da Páscoa uma abertura “gradual, suave e controlada” — na descrição da premiê dinamarquesa, Mette Frederiksen — têm uma taxa de testes por 100 mil habitantes acima da média europeia.

É o caso também da Alemanha, que ainda não anunciou o fim do lockdown, mas está a ponto de iniciar uma campanha maciça de testes para identificar quem já tem anticorpos contra o coronavírus (e pode estar imunizado) e lançou um aplicativo que permite rastrear, identificar e monitorar pessoas que tiveram contato com o vírus.

Outro fator que ajuda uma retomada mais precoce da economia, como a da Eslováquia, é que nenhum dos outros cinco países que falam em relaxamento sofreu sobrecarga nas unidades de atendimento intensivo, e todos têm índices baixos de mortes por coronavírus, em comparação com a população.

Mas mesmo os países menos atingidos não devem esperar uma retomada contínua, diz o diretor da OMS. O mais provável é adotar um ritmo de dois passos para a frente, um para trás, usando como termômetro a ocupação dos leitos hospitalares: “É preciso haver um colchão de segurança. Se a ocupação estiver chegando perto da capacidade, novas medidas de contenção do contágio são necessárias”.

Ryan ressalva que não existem números mágicos nem receita de bolo que sirva para todos os lugares, e a análise dos países que já falam em relaxamento mostra isso: a Eslováquia ficou em quarentena por 16 dias, enquanto a Noruega pretende retomar as aulas após o dobro do tempo — 37 dias depois de paralisar atividades no país.

Uma coisa, porém, eles têm em comum: restringiram o contato entre as pessoas num estágio inicial da pandemia em seus países. Com exceção da Bélgica, todos adotaram restrições antes mesmo de registrar mortes — sendo que metade deles implantou quarentena total antes que alguém morresse com o coronavírus em seu território.

Em comparação, países hoje mais sobrecarregados com a doença, como Espanha, Itália e França, levaram de 12 a 32 dias para paralisar totalmente as atividades depois da primeira morte provocada pela pandemia.

Ainda que esses países mais prejudicados pela doença nem sonhem em acenar com um possível relaxamento de medidas, eles também têm registrado números menos pessimistas, o que indica que a pandemia pode estar começando a ceder.

Nem todo país que se adiantou na quarentena e segurou o avanço do vírus se sente seguro para soltar as rédeas da economia.

Na Lituânia, que entrou em quarentena em 12 de março e registra apenas 0,1 morto por 100 mil habitantes, o primeiro-ministro Kriajanis Karina anunciou que vai estender o lockdown até 12 de maio: “Nossa situação é estável, mas não é possível relaxar ainda com a situação da Europa”.

É uma preocupação que faz sentido, segundo o diretor da OMS. Como cada local tem sua própria demografia, dinâmica de contágios e medidas em prática, há muita diferença nas datas e na velocidade de evolução da doença —e, por consequência, das medidas de aperto e de relaxamento.

Todo recuo de lockdown, por isso, precisa ser planejado e coordenado com os vizinhos e de forma ampla, nas regiões, diz Ryan.

Na União Europeia, a presidente da Comissão (Poder Executivo do bloco), Ursula von der Leyen, antecipou para esta quarta uma reunião para tentar fechar o que está chamando de “roadmap” (mapa rodoviário, em inglês, ou planejamento estratégico, em tradução livre).

Há mais de uma semana, ela vinha falando em não repetir na saída da pandemia os erros cometidos na entrada — em que cada país se precipitou isoladamente em fechar fronteiras, por exemplo. Mas um mapa rodoviário planejado e coordenado acabou atropelado pelos anúncios dos últimos dias.

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