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Economia Sem abrir mão do câmbio flutuante, governo quer seguro contra alta do dólar

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Instrumentos financeiros devem reduzir riscos e destravar os investimentos estrangeiros no Plano de Transformação Ecológica. (Foto: Leonardo Milano/ICMBio)

A política cambial é o novo foco da equipe econômica. O câmbio flutuante continua, mas serão criados “seguros” para proteger investidores do sobe e desce do dólar em relação ao real. O plano é lançar instrumentos financeiros para reduzir os riscos atrelados à volatilidade do dólar e destravar os investimentos estrangeiros no Plano de Transformação Ecológica – a “agenda verde”.

Esses mecanismos de proteção cambial terão cobertura inicial de até US$ 3,4 bilhões e serão voltados a investidores de longo prazo. Os recursos vão vir de uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Depois de aprovar o novo arcabouço fiscal e fazer alterações no período de vigência da meta de inflação, a equipe econômica agora se debruça sobre a política cambial – o último pilar do tripé macroeconômico, implantado no País em 1999. O câmbio flutuante seguirá em vigor, mas serão criados novos tipos de “seguro” para proteger os investidores do sobe e desce do dólar em relação ao real.

O objetivo é lançar três instrumentos financeiros que sejam capazes de reduzir os riscos atrelados à volatilidade da moeda americana e, assim, destravar os investimentos estrangeiros no Plano de Transformação Ecológica – como foi batizada a “agenda verde” do governo, também encampada pelo Congresso.

Esses mecanismos de proteção cambial terão cobertura inicial de até US$ 3,4 bilhões e serão voltados a investidores de longo prazo, que queiram aportar seus recursos em projetos ligados, por exemplo, a hidrogênio verde, agricultura de baixo carbono e transição energética.

Os recursos virão de uma parceria entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), hoje comandado pelo ex-presidente do Banco Central (BC) Ilan Goldfajn, e o Ministério da Fazenda.

A Secretaria do Tesouro Nacional, chefiada por Rogério Ceron, e o Banco Central também participam diretamente dessas conversas. O Plano de Transformação Ecológica é tido como prioritário pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas depende de dinheiro externo para deslanchar.

O primeiro passo foi dado em novembro, com a emissão de títulos públicos “verdes” no mercado internacional, quando o governo conseguiu captar US$ 2 bilhões.

Só que o próprio ministro calcula que seja necessária uma cifra bem mais volumosa para que o plano pare em pé: de US$ 130 bilhões a US$ 160 bilhões por ano, ao longo da próxima década. Como os investidores estrangeiros são refratários ao sobe e desce do dólar no Brasil – só no último ano a moeda oscilou entre R$ 4,73 e R$ 5,45 –, o objetivo é dar maior segurança aos donos do dinheiro, como fundos de pensão e seguradoras, que não alocam recursos em ativos muito arriscados.

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