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Brasil Sem Bolsonaro e com 200 milhões de reais, o PSL traça uma estratégia para tentar eleger 500 prefeitos

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Dirigentes do partido estão organizando 'PSL itinerante'; hoje sigla tem 32 prefeitos em todo o País. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Sem o presidente Jair Bolsonaro como principal cabo eleitoral, mas com a estimativa de ter cerca de R$ 203 milhões em caixa para a disputa municipal, o PSL começou a traçar sua estratégia para tentar conquistar ao menos 500 prefeituras em todo o Brasil.

Dirigentes do partido, que terá a maior fatia do fundo eleitoral nesta corrida de 2020, estão organizando o que têm chamado de “PSL itinerante”. A ideia é que uma comitiva com integrantes da sigla percorra os 26 estados e o Distrito Federal entre março e maio para construir o maior número de candidaturas possíveis nos 5.570 municípios do país.

Nesses encontros, o comando do PSL pretende fazer um diagnóstico das cidades de cada estado, avaliar a viabilidade dos postulantes e estabelecer metas regionais.

“O PSL está muito organizado. Estamos trabalhando com foco em atingir a meta de eleger prefeitos em pelos menos 10% dos municípios brasileiros”, diz o deputado Junior Bozzella (PSL-SP), vice-presidente da sigla.

Os dirigentes partidários dizem que os eventos pelo país terão como objetivo consolidar as diretrizes e a marca do partido, que teve seus quadros e recursos inflados graças à filiação do clã Bolsonaro.

Dois meses depois de o presidente oficializar a saída da sigla que o alçou ao Palácio do Planalto, a cúpula do PSL avalia que é preciso trabalhar para que a agremiação se torne mais homogênea.

A afinidade política e ideológica com Bolsonaro, dizem os dirigentes, não será impeditivo para os filiados que pretendem disputar a eleição. A preocupação, no entanto, é a de fazer um filtro para evitar que o PSL seja usado apenas como um trampolim.

“A identidade com o governo Bolsonaro não é um problema. Só não queremos que o PSL seja um partido de aluguel para os postulantes a prefeitos. Não dá para ser eleito pelo PSL e, em seguida, mudar de partido”, diz Bozzella, numa referência à possibilidade de perder quadros para a Aliança pelo Brasil, partido que o presidente trabalha para fundar.

Segundo estatísticas do TSE, de setembro a dezembro do ano passado, o PSL perdeu 6.520 filiados. Hoje, a sigla tem 347.867 integrantes — bem atrás de legendas como MDB, com 2.130.140, e PT, com 1.475.678.

O partido, entretanto, afirma que desde novembro recebeu 14.817 novos pedidos de filiação — dados que, diz a sigla, ainda não foram computados pela Justiça Eleitoral.

As desfiliações já oficializadas pelo TSE se intensificaram em meio ao racha no PSL. No início de outubro de 2019, Bolsonaro disse a apoiador que o deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, estava “queimado pra caramba”.

A declaração do presidente foi o estopim para a crise que vinha se alastrando na esteira das denúncias sobre o esquema de candidaturas laranjas nas eleições de 2018, revelado pela Folha.

À espera da chancela do presidente ao fundo eleitoral de R$ 2,034 bilhões, a atual direção do PSL montou uma espécie de força-tarefa para “colocar o partido em ordem” no país.

Há a avaliação de que, como o PSL terá a maior fatia dos recursos destinados à corrida eleitoral deste ano, a administração do montante terá de ser mais rigorosa. Inevitavelmente, admitem integrantes da sigla, os passos do partido serão acompanhados com lupa.

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https://www.osul.com.br/sem-bolsonaro-e-com-200-milhoes-de-reais-o-psl-traca-uma-estrategia-para-tentar-eleger-500-prefeitos/ Sem Bolsonaro e com 200 milhões de reais, o PSL traça uma estratégia para tentar eleger 500 prefeitos 2020-01-14
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