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Mundo Sem brasileiros, 3ª lista de civis que podem deixar Gaza frustra o governo brasileiro

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Esse processo seletivo é realizado todos os anos pelo Instituto Rio Branco. Na foto, o Itamaraty. (Foto: EBC)

Novamente sem um brasileiro sequer, a terceira lista com 571 nomes de civis autorizados a deixar a Faixa de Gaza, após um acordo fechado entre Israel, Egito e o Hamas, frustrou o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) — embora tal fato não será admitido publicamente.

Nunca houve certeza sobre a inclusão de brasileiros na relação. Mas a diplomacia brasileira chegou a receber indicações de que hoje ao menos alguns poderiam estar relacionados.

Ficar de novo fora da lista dos países beneficiados tem feito circular em alguns diplomatas a ideia de que essa exclusão poderia ser um resposta de Israel (que junto ao Egito faz a lista) às ações do governo Lula quando presidiu o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), no mês passado.

Ninguém no Itamaraty, contudo, trabalha sequer com a hipótese de que o grupo de 34 brasileiros em Gaza não entrará numa próxima lista.

A relação divulgada nessa sexta era fortemente concentrada em americanos (um total 367) , assim como a de quinta (400). Nas três listas, nenhum cidadão sul-americano foi relacionado.

Ao todo, a Embaixada do Brasil na Palestina monitora a situação de 34 pessoas (18 crianças, 10 mulheres e 6 homens) que querem deixar a região — 24 brasileiros e 12 palestinos que querem imigrar.

Por que o Brasil ainda não conseguiu entrar na lista é uma pergunta que fontes do governo e diplomáticas não sabem responder. Mas algumas especulações têm crescido no âmbito político, diplomático e acadêmico, entre elas a de uma retaliação ao governo brasileiro por suas posições em votações no Conselho de Segurança da ONU, que foi presidido pelo Brasil no mês de outubro.

Na votação de um projeto de resolução apresentado pelos EUA no conselho, o Brasil, diferentemente da Suíça, Japão e Reino Unido — os dois primeiros membros rotativos, e o terceiro membro permanente, que votaram a favor — se absteve.

No entanto, algumas fontes do governo descartam que esse posicionamento explique a exclusão do Brasil utilizando um argumento recorrente: a autorização a cidadãos da Indonésia, país que não reconhece o Estado de Israel, e que votou a favor de uma resolução sobre ajuda humanitária no conflito na Assembleia Geral da ONU rechaçada pelo governo de Netanyahu. A explicação, apontam outras fontes, poderia ser o bom relacionamento entre a Indonésia e o Egito.

O presidente brasileiro adotou um tom mais duro com o governo de Netanyahu, que, segundo algumas fontes diplomáticas, teriam mais peso na atitude de Israel em relação aos brasileiros do que os posicionamentos do Brasil na ONU.

Após o início da guerra, em 7 de outubro, Lula criticou a contra-ofensiva de Israel em Gaza afirmando que “não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes”.

Após classificar o ataque do Hamas como “terrorista”, Lula se referiu aos bombardeios de Israel como “ato de loucura”.

“Não tem exemplo na humanidade, de guerra, em que quem morre mais é criança, que não está na guerra. E crianças dos dois lados, que nós não queremos que morra ninguém”, afirmou o presidente.

Os 34 brasileiros estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. Segundo o Itamaraty, o esquema de resgate está de prontidão e prevê auxílio desde a saída da Faixa de Gaza – com equipes e ônibus, medicamentos e alimentação – até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda.

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