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Mundo Sem citar Estados Unidos e Venezuela, Lula critica intervenções estrangeiras na América Latina

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"Intervenções estrangeiras podem causar danos maiores do que se pretende evitar", declarou Lula. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou intervenções estrangeiras no Caribe durante cerimônia em que recebeu embaixadores nessa segunda-feira (20), no Palácio do Itamaraty. “Na América Latina e Caribe também vivemos um momento de crescente polarização e instabilidade. Manter a região como zona de paz é nossa prioridade. Somos um continente livre de armas e destruição em massa, sem conflitos étnicos ou religiosos. Intervenções estrangeiras podem causar danos maiores do que se pretende evitar”, declarou.

“O que nós queremos é mostrar ao mundo que queremos fortalecer o multilateralismo, que é baseado na boa relação cordial, comercial, econômica, e, sobretudo, uma relação pacífica. Sem ódio, sem negacionismo e sem ferir o princípio básico da democracia e dos direitos humanos. Sejam bem-vindos ao Brasil”, declarou.

O evento é a entrega de cartas credenciais de novos embaixadores estrangeiros lotados no Brasil. Entre eles, os de Emirados Árabes, Bélgica, Sudão e Malásia.

O presidente brasileiro viaja para o continente asiático nesta terça-feira (21), e o ponto alto do giro será a cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), na Malásia, onde deve ter encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump.

Lula não citou nominalmente os Estados Unidos e a Venezuela. Nenhum dos dois países estava representado no evento desta segunda. No caso dos EUA, o governo Trump ainda não designou um embaixador no Brasil, e o cargo está vago desde janeiro.

Na semana passada, Trump confirmou ter autorizado a CIA, a agência de espionagem americana com longo histórico de interferência na América Latina, a realizar operações secretas na Venezuela com o objetivo de derrubar o ditador Nicolás Maduro. O governo americano direcionou vários navios de guerra para o mar do Caribe e, atualmente, mantém ao menos dez embarcações na região. Os EUA têm atacado embarcações venezuelanas, afirmando serem narcoterroristas.

Lula pretende argumentar, em uma eventual reunião presencial com Trump, que ações militares dos EUA na Venezuela levariam à desestabilização de governos de diversos países e teriam consequências graves para toda a região.

O petista também deve afirmar a Trump que uma intervenção com o objetivo de “mudança de regime” (troca de governo) na Venezuela pode ter efeitos contrários aos que o republicano argumenta buscar. Segundo um alto funcionário do governo brasileiro, Lula pretende passar a mensagem de que qualquer ataque contra o território venezuelano vai causar instabilidade em toda a região, o que levaria ao fortalecimento do crime organizado e do tráfico de drogas na América Latina. (Com informações da Folha de São Paulo)

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