Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2017
Sem os 308 votos necessários para aprovar a matéria, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não incluiu a reforma da Previdência na pauta de votações do plenário da próxima semana. Governistas trabalham agora para que a proposta seja votada na Casa na semana de 13 de dezembro.
Em encontro com Temer há duas semanas, Maia tinha combinado com o governo tentar por a reforma em votação na próxima quarta-feira (6). No entanto, após rodada de conversas com líderes de partidos da base aliada, o presidente da Câmara decidiu não incluir a matéria na pauta, por não ter os votos suficientes para aprová-la.
“Eu estou realista. Trabalho 24 horas por dia neste tema. Eu não vou sair deste tema. Se garantir (os votos), vota ainda neste ano. Eu não posso dar data, porque não tem voto. Eu só vou marcar a data se nós tivermos os votos. Tá faltando voto”, afirmou Maia.
“Está faltando as pessoas entenderem que esta votação não tem caráter diabólico. Ninguém está tirando direito de ninguém. Se fizermos a reforma, estaremos contribuindo muito para o Brasil crescer e as crianças terem futuro. E falta muito voto”, afirmou o presidente da Câmara, após participar de um evento sobre economia em um hotel na Zona Sul de São Paulo.
“A gente está tentando construir o texto em cima de 308 votos. A gente sabe que estamos muito longe disso ainda, estamos muito longe, infelizmente”, completou.
Maia defendeu a reforma da Previdência, afirmando que a falta de votos mostra que a base do governo está desunida e que a escolha do nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para presidir o PSDB irá ajudar a angariar votos para a votação da reforma.
“A reforma é um tema fundamental, urgente, é um tema que as pessoas não estão compreendendo, é um tema que vai garantir o futuro de milhões e milhões de pequenos brasileiros que, se ela não for aprovada, ficarão sem condições de futuro porque os recursos para saúde e educação vão acabar, então a gente precisa com urgência votar a Previdência. Mas a gente sabe da dificuldade”, afirmou.
“A gente sabe que a base do governo passou por duas votações de denúncia, um desgaste muito grande e mesmo aqueles, uma parte daqueles, que mesmo compreendendo a importância da votação, ainda não confirmaram que podem votar com a matéria”, assinalou.
Neste domingo (3), o presidente Michel Temer participa de jantar com lideranças e dirigentes de partidos da base. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também deve comparecer ao encontro, que está marcado para começar às 19h30min, na residência oficial do presidente da Câmara em Brasília.
“O combinado é, depois do jantar, passar segunda, terça e quarta conversando em busca de votos e na quinta vamos fazer uma avaliação para ver se há como pautar ainda este ano”, disse o líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP).