Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Para o presidente da Embratur, a burocracia prejudica mais o turismo do que a imagem negativa do Brasil no exterior

Compartilhe esta notícia:

Lummertz defende a aprovação de um projeto em tramitação no Congresso Nacional. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A burocracia e o ambiente de negócios desfavorável do País representam hoje entraves maiores para o turismo do que a imagem do Brasil no exterior, mesmo em tempos nos quais a violência no Rio de Janeiro se destaca no noticiário. Essa é a avaliação do presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, que defende a aprovação do projeto de lei 2724/2015 no Congresso Nacional. Entre os destaques do texto estão a transformação da autarquia do Ministério do Turismo em um serviço social autônomo (mais independente que a atual autarquia) e a abertura irrestrita do setor aéreo ao capital estrangeiro.

De acordo com ele, se a matéria for aprovada, a primeira mudança no cenário do setor será a desvinculação do orçamento da União. “O nosso orçamento é o mais baixo da história”, ressalta. “Já tivemos, em 2011, US$ 100 milhões para promoção internacional, ao passo que hoje temos US$ 17 milhões, sendo US$ 10 milhões contingenciados. Sairíamos desse contingenciamento e iríamos para um volume de recursos mais alto e independente.”

Lummertz projeta que os recursos necessários poderiam vir de diversos setores. “Tem várias fontes sendo estabelecidas, como loterias e taxa de US$ 15 na emissão de passagens para o exterior”, exemplifica. “Com o projeto de lei, também deixaríamos de estar amarrados. Hoje, como autarquia, não podemos ter escritórios no exterior e nem fazer contratos lá fora. A burocracia impede a Embratur de se movimentar. Como serviço social autônomo, teremos membros da iniciativa privada no conselho, que vão ajudar na construção da estratégia com viés de mercado. Também é nosso interesse a abertura para o exterior do capital das empresas aéreas.”

Como o setor se beneficiará com a abertura de capital? Para o dirigente, em tese, isso ampliaria a concorrência no mercado do setor, inclusive a entrada das low costs (empresas aéreas que operam mediante baixo custo). “Isso seria vital”, argumenta ele. “Uma low cost teria capacidade de atuar no Brasil com os atuais impostos. As coisas estão mudando. O Brasil não é um país fácil de tratar em termos de competitividade, tem muita resistência e corporativismo. Mas, sem dúvida, a abertura ainda é a solução. Talvez não seja de imediato. É um erro achar que uma medida resolve tudo, mas ela é parte.”

Entraves

Lummertz ressalta que o turismo “sustentável” no Brasil esbarra na falta de uma estrutura capaz de proporcionar um “desenvolvimento sustentável” do setor: “Temos que melhorar o ambiente de negócios do Brasil, as condições para o investimento no turismo. O programa Brasil + Turismo visa isso, tirar o imposto dos parques temáticos, por exemplo. O Ministério do Meio Ambiente começou a fazer concessões de parques naturais”.

Para amadurecer o mercado brasileiro, o dirigente defende a necessidade de facilitar questões como a ambiental. “Temos bons exemplos de parques no Brasil, como Foz do Iguaçu (PR), Parque Nacional da Tijuca (RJ) e Fernando de Noronha (PE). Quase 80% dos visitantes de parques do País estão procuram essas áreas que foram concessionadas. Esse é o caminho”, apregoa.

Mas e a imagem do Brasil no exterior, com um noticiário tomado por fatos negativos como a violência no Rio de Janeiro? “Acho que o custo-Brasil é o maior entrave atual. A imagem das capitais latino-americanas é muito parecida, mas com uma pequena desvantagem para Buenos Aires, Rio de Janeiro e Bogotá, por exemplo, que têm imagens associadas a risco em áreas urbanas”, ressalva. “A imagem da Cidade Maravilhosa se agravou um pouco mais existe um grande esforço dos governos federal, estadual e municipal para o combate ao crime e, de outro lado, existe o calendário turístico.”

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Cinzas de vulcão atingem 7 km de altura e geram evacuação no México
Em missa, papa diz que Guerra do Paraguai foi injusta
https://www.osul.com.br/sem-recursos-embratur-enfrenta-risco-de-paralisia-total-de-suas-campanhas/ Para o presidente da Embratur, a burocracia prejudica mais o turismo do que a imagem negativa do Brasil no exterior 2017-09-30
Deixe seu comentário
Pode te interessar