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Geral “Sempre foi uma mulher estranha”, diz jovem sobre madrasta acusada de envenená-lo

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Estudante caminha no campus da USP. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens))

“Uma mulher dessas não pode ser chamada de ser humano. Isso é um monstro”. Foi assim que a empresária Jane Carvalho Cabral se referiu à madrasta de seus dois filhos, Cíntia Mariano Dias Cabral, presa na última sexta-feira (20) sob suspeita de envenenar os enteados. Ela nega os crimes. Cíntia foi presa tão logo recebeu alta hospitalar após, supostamente, tentar se matar ao se ver acusada por assassinato de uma jovem de 22 anos e tentativa de assassinato de um adolescente, filhos biológicos de seu atual marido. Não houve flagrante nem confissão ao crime, mas para o delegado que abriu inquérito para apurar o caso, há evidências de que Cíntia envenenou os enteados num intervalo de dois meses.

Não fosse pela garganta arranhada do entubamento durante a internação, ninguém diria que Bruno sofreu uma tentativa de envenenamento há mais de uma semana ao comer um feijão amargo na casa da madrasta, em um domingo. O jovem de 16 anos recebeu os amigos em casa na sexta-feira, estava ansioso pelo lanche com a mãe no sábado à noite, e não cogitou perder o simulado do domingo pela manhã da escola.

“Tem que fazer, né? Simulado é prova. Mas se puder, não quero voltar ao colégio já na segunda-feira, não”, diz, rindo, já sabendo que, apesar do trauma, a mãe não vai dar essa colher de chá.

Em casa depois de uma internação que durou quatro dias, Bruno diz que tudo ia tudo bem na casa do pai naquele domingo e que em momento algum desconfiou da atitude da madrasta.

“Como eu quase não ia mais lá, sempre era dia bom, ela não implicava mais comigo”, diz ele que, depois de comer, sentiu que tinha algo errado, mas não tanto. “Achei que fosse passar mal, mas não imaginei que fosse acontecer o que aconteceu.”

O jovem se mudou para a casa do pai logo no início da flexibilização da pandemia de covid-19. Logo depois, foi a vez da irmã Fernanda ir também. Ele lembra como era a relação com a madrasta Cíntia, acusada de ser responsável pelo seu envenenamento. Ela também é suspeita de ter envenenado sua irmã, morta em março deste ano após sofrer uma parada cardíaca.

“Ela sempre foi uma mulher estranha. Às vezes estava tudo lindo, de repente ela começava tocando o terror”, conta o jovem, dizendo que com o pai o tratamento era diferente. “Ela dava ataque com a gente e tratava o meu pai como um rei. Nunca fez nada com meu pai. Uma mulher te tratando igual a um rei, o que você vai fazer?”.

Bruno entende o comportamento do pai e faz questão de ressaltar que ele não tem culpa de nada do que aconteceu.Ele se culpa por tudo o que está acontecendo, mas não tem que jogar a culpa nele. Ele perdeu a filha, quase me perdeu… Só quero dar tranquilidade para que ele não fique mal”, diz Bruno, pulverizando toda a sua generosidade. “Meu pai é muito família. No momento, ele não quer mais nada. Quem sabe no futuro, mas agora ele só quer a mim.”

Em casa, o dia a dia era de altos e baixos. Nada grave até então. Picuinhas, mas que desgastavam o convívio.Eram coisas bobas. Lembro que minha irmã queria dormir com a porta do quarto fechada e a Cíntia queria deixar a porta aberta para o ar condicionado ir para a sala. A minha irmã fechava, a Cintia abria. A minha irmã fechava, a Cintia abria. Até a hora que estourava uma briga”, diz Bruno, que evitava embates. “Ela que vinha brigar com a gente, dava um jeito de manipular para o meu pai vir reclamar com a gente. Ela fazia tudo para o meu pai brigar comigo.”

Foi a repetição desses episódios que fez com que Bruno pedisse para voltar para casa seis meses depois.Ela escondia a minha carteirinha do colégio, pegava o meu dinheiro da passagem para eu ter que pedir mais para o meu pai, apagava nossas mensagens”, cita, Bruno. “Quando fui conversar com meu pai, a gente brigou. Na cabeça dele, a gente tinha implicância com ela, e ela fazia tudo para ser assim. Ele não acreditava em mim, eu não queria ficar brigando direto, então fui embora. Foi quando falei que não aguentava ficar mais ali e liguei para a minha mãe.”

Apesar de todos os conflitos, Bruno nunca cogitou acontecer algo parecido.Achei que pudessem piorar como implicância, sim. De morte, nunca. O que eu achava mesmo é que um dia ela ia tentar dar um golpe no meu pai, golpe de dinheiro. Mas era só isso”, diz. “O negócio ali não era ciúmes, não. Era dinheiro. Meu pai é tranquilo com esse negócio de dinheiro. Se você quiser pegar o cartão dele e levar, ele deixa. Ela não esbanjava, mas ela tinha o cartão dele. Nem precisava pedir.”

Mais do que ter evitado uma tragédia maior, Bruno se sente acalentado por ter feito algo em memória da irmã.Não tenho a sensação de ter salvado o meu pai, mas tenho de ter feito justiça pela minha irmã”, acredita. “Esquecer nunca vou esquecer, mas quero encontrar a tranquilidade. Uma mulher que nunca me deu nada, levou a minha irmã e quase me levou.” As informações são do jornal O Globo.

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