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Notícias Senado convida Mujica para esclarecer supostas falas de Lula sobre mensalão

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Por ser um convite, Mujica (E) não é obrigado a comparecer ao Senado brasileiro. (Foto: Eraldo Peres/AE)

A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou nessa quarta-feira convite para o ex-presidente do Uruguai José Mujica explicar suas declarações, publicadas em um livro escrito por dois jornalistas uruguaios, de que o ex-presidente Lula lamentou o mensalão e disse que teve que lidar com “coisas imorais e chantagens” enquanto esteve na Presidência da República.

Por ser um convite, Mujica não é obrigado a comparecer ao Senado brasileiro. Autor do convite, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse esperar que o ex-presidente uruguaio atenda ao chamado.

“Tenho a certeza de que Mujica não vai decepcionar os brasileiros e virá ao Senado esclarecer essa história. Ele, como um defensor da ética e um homem que sempre condenou práticas corruptas, não vai nos deixar sem explicações sobre o ocorrido”, afirmou Caiado.

Na opinião do senador, Mujica terá interesse em comparecer à comissão por não concordar com as “práticas petistas de manutenção do poder” a partir do uso de recursos de empresas estatais –o que teria ocorrido no mensalão.

No livro “Una oveja negra al poder” (Uma ovelha negra no poder, em tradução livre), de Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz, o ex-presidente do Uruguai relata que Lula lhe disse: “Neste mundo tive que lidar com muitas coisas imorais, chantagens”.

A conversa entre os dois presidentes teria ocorrido em março de 2010, segundo o relato de Mujica. “Essa era a única forma de governar o Brasil”, continuou o brasileiro, sempre de acordo com o livro. Mujica conta que Lula falou com pesar, em encontro semanas antes de o uruguaio assumir a presidência. O então vice-presidente de Mujica, Danilo Astori, estava junto com Mujica.

Depois da divulgação do teor do livro, Mujica recuou e disse que nunca conversou com Lula sobre o mensalão. O ex-presidente uruguaio afirmou que os dois falaram sobre pressões e chantagens no governo, mas “nada sobre dinheiro ou corrupção”.

As declarações no livro foram interpretadas como uma referência direta ao escândalo do mensalão, revelado em 2005, que terminou com a prisão de vários líderes petistas.

Mujica narra que Lula sentia a necessidade de explicar a situação. No Brasil, o petista sempre negou que tivesse conhecimento do mensalão. Em declarações dadas em 2005, após a revelação do esquema, o então presidente disse que se sentia traído.

“Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o país”, disse Lula na época.

No livro, Mujica defende o ex-presidente brasileiro, dizendo que grandes políticos tiveram que recorrer a mecanismos semelhantes -e que este seria “o preço infame das grandes obras”.

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