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Política Fraude no INSS: Polícia Federal faz buscas contra senador e prende o número 2 da Previdência

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Durante a ação, foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão e 16 de prisão preventiva

Foto: PF/Divulgação
Durante a ação, foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão e 16 de prisão preventiva. (Foto: PF/Divulgação)

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma nova fase das investigações sobre o desvio bilionário em aposentadorias e benefícios do INSS. Catorze pessoas foram presas na operação dessa quinta-feira (18). Entre elas, o secretário-executivo do Ministério da Previdência.

Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no escritório do vice-líder do governo no Senado, Weverton Rocha, do PDT, no Maranhão, e na casa dele em Brasília. A PF pediu a prisão de Weverton. O ministro André Mendonça, relator da operação no Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido. Ele concordou com o parecer da Procuradoria-Geral da República que considera que ainda não há prova direta de que Weverton recebeu dinheiro ou comandou o esquema.

A PF afirma que o senador é o sustentáculo político da organização criminosa. Weverton seria o responsável por ampliar a capacidade de influência e blindar o grupo chefiado por Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o Careca do INSS.

A Polícia Federal cita como exemplo do papel de destaque do parlamentar um arquivo encontrado em conversas entre dois funcionários do Careca do INSS, com o título “Grupo Senador Weverton”. Afirma ainda que o senador seria o beneficiário final (“sócio oculto”) de operações financeiras estruturadas pela organização criminosa, recebendo recursos ou benefícios por meio de intermediários, alguns deles seus assessores parlamentares.

A polícia também cumpriu mandados contra integrantes da cúpula do INSS. O STF decretou a prisão preventiva do secretário-executivo do Ministério da Previdência, número dois da pasta, Adroaldo Portal. Ele vai usar tornozeleira eletrônica e ficar em regime domiciliar por ser pessoa com deficiência. Adroaldo Portal foi afastado do cargo por decisão da Justiça. Ainda pela manhã, o governo publicou a exoneração do secretário-executivo. Segundo a representação, entre outubro de 2023 e janeiro de 2024, houve créditos, por meio de depósitos em espécie, na conta de Adroaldo, que totalizaram quase R$ 250 mil.

A PF destaca ainda movimentações suspeitas de Vanessa Tocantins, chefe de gabinete do ministro da Previdência e ex-assessora do senador Weverton. Segundo a PF, ela movimentou, em um ano, R$ 500 mil.

A Polícia Federal também prendeu Alexandre Guimarães, diretor de Governança, Planejamento e Inovação do INSS de maio de 2021 a abril de 2023. De acordo com a decisão, ele tinha posição intimamente vinculada ao núcleo servidores e atuava na administração de uma empresa de fachada utilizada nas fraudes.

O advogado Eric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, também foi preso. A Polícia Federal incluiu Eric no conjunto de servidores públicos ou colaboradores que teriam atuado em funções operacionais essenciais para viabilizar a atuação do grupo criminoso no INSS.

A PF prendeu ainda Romeu Carvalho Antunes, filho do Careca do INSS. Segundo as investigações, Romeu passou a ser o principal articulador do esquema depois da prisão do pai, em setembro.

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