Segunda-feira, 07 de outubro de 2024
Por Flavio Pereira | 11 de setembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O senador gaúcho Luis Carlos Heinze (PP) avaliou a resolução (5.172/24) editada pelo Conselho Monetário Nacional na ultima segunda-feira (9), com novas diretrizes para as linhas de crédito disponibilizadas pela medida provisória – MP 1226/24, que altera a abrangência para capital de giro e exige o reconhecimento do decreto de emergência até 31 de julho. Heinze critica o texto, ao afirmar que “o que o produtor precisa é da remoção da mancha de inundação sobre todas as linhas. O que o governo faz? Permite apenas para capital de giro e deixa de fora o investimento. Além disso, temos o fato de que as operações não vão contar com fundo garantidor, o que joga o risco para os bancos e reduz a chance de crédito”, ressaltou.
Heinze também expressou preocupação com o vencimento da Medida Provisória (MP 1226) e anunciou algumas medidas. Lembra que “a Câmara já aprovou o PL 3117 – que recupera as MPs 1216 e 1221. Para minimizar o impacto, vou incluir uma emenda que nos permita melhorar e trazer de volta a linha de crédito prevista pela MP 1226. A corrida agora é contra o tempo, daqui a 15 dias essa MP caduca e vamos precisar de força política para socorrer os produtores”, esclareceu Heinze.
Zucco diz que “esse governo federal largou o setor produtivo à própria sorte”
O deputado federal Zucco (PL) encaminhou nota criticando o presidente Lula por vetar, também de forma integral, como já fizera integralmente com o projeto de lei que zera IPI de móveis e “linha branca” para famílias atingidas por desastres, agora o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que suspendia por até quatro anos o pagamento de parcelas de crédito rural de produtores de regiões atingidas por secas ou enchentes. Diante de mais este veto a uma medida aprovada pelo Congresso, beneficiando gaúchos atingidos pelas enchentes, Zucco foi taxativo:
“Ele – Lula – demostra seu total desprezo com o povo gaúcho. Dessa vez, tripudia sobre os produtores gaúchos que perderam tudo na catástrofe de maio ao vetar, também de forma integral, um projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que suspendia por até quatro anos o pagamento de parcelas de crédito rural de produtores de regiões atingidas por secas ou enchentes. É importante lembrar que a Câmara aprovou um PL de minha autoria que oferecia socorro para os produtores gaúchos. A proposta chegou ao Senado e o governo barrou sua votação, prometendo a edição de medidas provisórias para socorrer os agricultores. As MPs foram editadas e frustraram o setor por conta do alcance limitado das ações”.
No balanço da sua gestão na UFRGS, reitor Bulhões mostra R$ 900 milhões em recursos e 200 mil diplomas entregues
O reitor da UFRGS, Carlos André Bulhões, apresentou ontem um balanço da sua gestão, iniciada em 2020: em destaque, mais de R$ 900 milhões em recursos legados e 200 mil diplomas entregues, apesar de diversos desafios, como a pandemia, a enchente e o menor orçamento da história. Além disso, a UFRGS é considerada melhor instituição de ensino superior federal do País em diversos rankings. São alguns dos resultados obtidos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul nos últimos quatro anos. Bulhões deixa a gestão em 20 de setembro.
Líder do PL afirma que governo vai usar recursos do não pagamento da dívida para custear a máquina pública
O líder do PL na Assembleia Legislativa, deputado Rodrigo Lorenzoni, afirmou ontem que os recursos para o Projeto de Lei 243 (que prevê a reestruturação de carreiras do funcionalismo estadual e também concede reajuste de 12,49% — parcelado em três vezes — para os servidores da segurança pública), que impacta em R$ 8 bilhões as contas públicas, nos próximos anos, “virão do não pagamento dos juros da dívida”. Segundo Lorenzoni, a fonte é a Secretária da Fazenda Pricilla Santana, em depoimento na Comissão de Finanças do legislativo na ultima segunda-feira (9). Rodrigo Lorenzoni disse da tribuna, que “ela – a secretária da Fazenda – concordou que houve sim uma decisão política do governo de direcionar esses recursos não para investir nos gaúchos, nos empreendedores, nos produtores rurais, na reconstrução e na prevenção, mas para investir na máquina pública”.
Rui Costa vem ao Rio Grande do Sul para balanço de ações federais
A propósito da extinção da Secretaria para Apoio à Reconstrução, esta coluna recebeu a seguinte nota da Casa Civil da presidência da República:
“O ministro da Casa Civil, Rui Costa, viaja nesta quarta-feira (11) ao Rio Grande do Sul pela segunda vez no intervalo de menos de dois meses para agenda em Porto Alegre. Na ocasião, será apresentado um balanço das ações realizadas no Rio Grande do Sul por meio da Secretaria Extraordinária, desde que as enchentes atingiram o estado. A agenda, marcada para as 11h30, ocorre no auditório da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, com a participação do ministro da Secretaria Extraordinária, Paulo Pimenta, do governador do RS, Eduardo Leite, de autoridades e gestores locais. Nesta terça-feira (10), o Governo Federal publicou um decreto que extingue, a partir do próximo dia 12, a estrutura da secretaria extraordinária, transferindo suas funções para a Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que ficará no âmbito da Secretaria-Executiva da Casa Civil”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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