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Política Senador sondado para apoiar golpe diz que vai renunciar ao mandato, mas depois volta atrás

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O senador Marcos do Val reafirmou que o ex-deputado federal Daniel Silveira propôs um plano golpista. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) recuou e disse “não ter decidido ainda” se realmente vai renunciar ao mandato. Na madrugada dessa quinta-feira (2), ele havia anunciado nas redes sociais a saída definitiva da política após acusar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de persuadí-lo a participar de um golpe de Estado.

Pela manhã, em coletiva de imprensa, ele alegou que a publicação foi um “desabafo” e que não decidiu ainda sobre o mandato parlamentar.

Em publicação, Do Val disse que pediria afastamento do Senado.

“Após quatro anos de dedicação exclusiva como senador pelo Espírito Santo, chegando a sofrer um princípio de infarto, venho através desta, comunicar a todos os capixabas a minha saída definitivamente da política”, anunciou.

“Quando eu postei isso, eu estava decidido mesmo a reunir a minha equipe para tomar a decisão se realmente iria sair”, afirmou, em coletiva. “Eu não posso largar a missão que assumi, sozinho até agora, de apresentar para a sociedade e para a imprensa quem prevaricou”, adicionou.

Além disso, afirmou ter recebido ligações de diversos políticos, incluindo os filhos de Bolsonaro, o senador Flávio (PL-RJ), e o deputado federal Eduardo (PL-SP), além de Davi Alcolumbre (União-AP) e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além dos parlamentares, a equipe dele e a filha do senador também teriam pedido para que ele continuasse o mandato.

Tentativa de golpe

Também pelas redes sociais, Do Val acusou Bolsonaro de tentar persuadí-lo a participar de um golpe de Estado no país, com o objetivo de derrubar o presidente Lula (PT).

O senador disse que o ex-deputado federal Daniel Silveira, ao lado do ex-presidente, teria pedido que ele gravasse clandestinamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A declaração foi feita pelas redes sociais o e parlamentar se contradisse sobre as informações na manhã dessa quinta.

A Polícia Federal (PF) vai intimar o congressista a depor, na condição de testemunha, sobre o suposto plano.

Daniel Silveira foi preso nessa quinta, após descumprir ordens do STF. Na quarta (1º), ele perdeu foro privilegiado, quando os novos deputados tomaram posse na Câmara dos Deputados.

Em mensagens trocadas com Marcos do Val, Daniel Silveira estimulava o senador a cumprir a missão e dizia que ele iria virar um “herói da pátria”.

Crise no PL

As declarações de Marcos do Val caíram como uma bomba dentro do PL – partido do ex-presidente Bolsonaro e que estava negociando a filiação do parlamentar capixaba.

Alguns líderes defendem afastar a cúpula do partido da influência de Bolsonaro, devolvendo a legenda para o campo de centro e evitando a extrema-direita.

A denúncia de Marcos do Val vem a público também depois da derrota do bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN) na disputa pelo comando do Senado, quando Rodrigo Pacheco foi reeleito para presidir a Casa.

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