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Brasil Sérgio Moro defende mudar a lei para levar à Justiça comum os crimes ligados a caixa 2

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Moro também disse que "rusga" com Rodrigo Maia foi episódio normal da política. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, defendeu nesta terça-feira (26) uma mudança na lei para levar para a Justiça comum casos de caixa 2 (uso de dinheiro não declarado em campanhas eleitorais) associados a outros crimes.

Em entrevista à rádio BandNews, ele comentou decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que firmou entendimento de que crimes ligados ao caixa 2 são de competência da Justiça Eleitoral.

A decisão foi criticada, por exemplo, por investigadores da Operação Lava-Jato. Eles alegam que a medida pode levar a vários questionamentos de processos já em andamento no País sobre crimes de corrupção e lavagem de dinheiro vinculados a caixa 2.

Moro disse que no pacote anticrime enviado por ele ao Congresso há um projeto que estabelece a competência da Justiça comum para esses casos.

“Como foi interpretação legislativa, o que se pode fazer é tentar mudar via legislativa. No âmbito do projeto anticrime, nós temos um projeto, o PLP [projeto de lei da Câmara complementar] 38/2019, que pode ser apreciado, e isso ser alterado”, afirmou Moro.

O ministro disse que discorda “respeitosamente” da decisão do STF. Ele argumentou que, embora a Justiça Eleitoral seja digna de elogios, não tem estrutura para lidar com casos de crimes ligados ao caixa 2.

“O remédio para isso [levar esses casos para a Justiça comum] é a gente mudar a legislação”, completou Moro.

Na segunda-feira (25), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que vai propor ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que juízes federais possam atuar em processos eleitorais.

Moro afirmou que não viu em detalhes a proposta da procuradora-geral, mas disse que “deve ser analisado com atenção” tudo que melhore as investigações e o combate ao crime.

Atrito com Rodrigo Maia

O ministro da Justiça também foi questionado sobre o atrito que teve na semana passada com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Maia não gostou de uma declaração de Moro sobre a tramitação do projeto anticrime. O ministro disse que, em seu entendimento, a matéria poderia ser analisada na Câmara ao mesmo tempo da reforma da Previdência.

A reação de Maia foi dizer que Moro é “funcionário” de Jair Bolsonaro e que, portanto, se tinha alguma reclamação, devia fazer com o presidente. Disse ainda que o pacote anticrime era uma cópia de um texto já preparado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Na entrevista para a rádio, Moro afirmou que o episódio foi “super dimensionado”. Para ele, “rusgas” na política são normais. “Já conversamos, estamos tranquilos e o projeto vai tramitar”, afirmou o ministro.

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