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Economia Setor agropecuário segura a queda do PIB gaúcho no segundo trimestre

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(Foto: Jackson Ciceri/ O Sul)

Neste segundo trimestre de 2015, comparado ao mesmo trimestre do ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) do Rio Grande do Sul caiu 0,6%. Foi a quinta queda consecutiva. Os dados foram apresentados na quarta-feira, na FEE (Fundação de Economia e Estatística), comprovando que o resultado só não foi pior pelo extraordinário desempenho do setor agropecuário, com crescimento de 15,6%.

A lavoura de soja foi, de fato, a salvação do PIB. Mesmo comparando com dois excelentes anos de crescimento (2013 e 2014), a produção aumentou em 20%, a área plantada em 5,6% e a produtividade em 14%. Esse aumento garantiu a variação quase nula (0,1%) do VAB (Valor Adicionado Bruto).

“Como o segundo trimestre é o trimestre no ano em que o impacto da agropecuária é maior e a soja teve um desempenho excelente, acabou revertendo a queda que o PIB trimestral tinha demonstrado no período passado”, salientou o economista Roberto Rocha, coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, que fez um alerta: “É um desempenho excepcional, não podemos contar com esses resultados como regra. Vamos ver o quanto a agropecuária consegue segurar a economia”.

Para o presidente da FEE, economista Igor Morais, é natural imaginar que seguiremos o contexto nacional e que poderemos ter um ano negativo, já que a partir dos próximos semestres, não tendo a safra, os outros setores é que vão dominar o impacto na economia. “A desaceleração na indústria é forte e impacta muito a arrecadação de impostos e, portanto, as finanças públicas. A sazonalidade principal da indústria é no terceiro trimestre e a tendência que já observamos é seguir os resultados do Brasil, principal parceiro comercial do RS. Esta crise pode ser considerada pior porque está durando mais que as outras”, ponderou.

O desempenho desses outros setores, como indústria e comércio, revelaram um contexto preocupante. Na composição da taxa trimestral do PIB, os impostos caíram 4,8%, em decorrência da grande queda da indústria (-9,1%) e da redução dos serviços (-1,2%). A indústria da transformação foi a principal responsável pela queda no setor, com um recuo de 10,1%. Contribuiu para isso a queda da produção de veículos automotores (-28,4%) e de máquinas e equipamentos (-25,3%). O VAB da construção civil no trimestre (-8,0%) foi mais que o dobro da taxa do trimestre anterior.

Já o agregado das demais indústrias (extrativa mineral, eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana) teve o VAB reduzido em 4,6%, refletindo o impacto do aumento das tarifas no consumo de energia elétrica residencial.
Neste segundo trimestre de 2015, comparado ao mesmo trimestre do ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) do Rio Grande do Sul caiu 0,6%. Foi a quinta queda consecutiva. Os dados foram apresentados na quarta-feira, na FEE (Fundação de Economia e Estatística), comprovando que o resultado só não foi pior pelo extraordinário desempenho do setor agropecuário, com crescimento de 15,6%.

A lavoura de soja foi, de fato, a salvação do PIB. Mesmo comparando com dois excelentes anos de crescimento (2013 e 2014), a produção aumentou em 20%, a área plantada em 5,6% e a produtividade em 14%. Esse aumento garantiu a variação quase nula (0,1%) do VAB (Valor Adicionado Bruto).

“Como o segundo trimestre é o trimestre no ano em que o impacto da agropecuária é maior e a soja teve um desempenho excelente, acabou revertendo a queda que o PIB trimestral tinha demonstrado no período passado”, salientou o economista Roberto Rocha, coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, que fez um alerta: “É um desempenho excepcional, não podemos contar com esses resultados como regra. Vamos ver o quanto a agropecuária consegue segurar a economia”.

Para o presidente da FEE, economista Igor Morais, é natural imaginar que seguiremos o contexto nacional e que poderemos ter um ano negativo, já que a partir dos próximos semestres, não tendo a safra, os outros setores é que vão dominar o impacto na economia. “A desaceleração na indústria é forte e impacta muito a arrecadação de impostos e, portanto, as finanças públicas. A sazonalidade principal da indústria é no terceiro trimestre e a tendência que já observamos é seguir os resultados do Brasil, principal parceiro comercial do RS. Esta crise pode ser considerada pior porque está durando mais que as outras”, ponderou.

O desempenho desses outros setores, como indústria e comércio, revelaram um contexto preocupante. Na composição da taxa trimestral do PIB, os impostos caíram 4,8%, em decorrência da grande queda da indústria (-9,1%) e da redução dos serviços (-1,2%). A indústria da transformação foi a principal responsável pela queda no setor, com um recuo de 10,1%. Contribuiu para isso a queda da produção de veículos automotores (-28,4%) e de máquinas e equipamentos (-25,3%). O VAB da construção civil no trimestre (-8,0%) foi mais que o dobro da taxa do trimestre anterior.

Já o agregado das demais indústrias (extrativa mineral, eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana) teve o VAB reduzido em 4,6%, refletindo o impacto do aumento das tarifas no consumo de energia elétrica residencial.

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https://www.osul.com.br/setor-agropecuario-segura-a-queda-do-pib-gaucho-no-segundo-trimestre/ Setor agropecuário segura a queda do PIB gaúcho no segundo trimestre 2015-09-10
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