Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 24 de setembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Na ofensiva contra a tentativa de mordida oficial do Tesouro em 30% dos repasses para o bilionário Sistema S, os presidentes das principais entidades – entre eles CNI (Confederação Nacional da Indústria), CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Sesc (Serviço Social do Comércio) – se reuniram na terça-feira com o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e ofereceram um acordo para evitar o desconto.
A turma indicou que as entidades podem bancar os cursos e toda a estrutura dos Institutos Federais de Ensino, os chamados IFs, e ajudar o governo a construir as creches em parcerias com prefeituras.
Boa saída
Mercadante levou a proposta à presidente Dilma Rousseff, que dará resposta após a reforma ministerial. A oferta é bem vista. Dilma patina na promessa de construir 6 mil creches.
Um presentão
Nada resolvido na oferta de pastas para o PMDB. Surgiu resistência da fusão de Portos com Aeroportos. Michel Temer controla Portos, não quer perdê-los para Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Dá outro aí
Tudo andava para solução, até o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) pedir à presidente Dilma o Ministério da Integração, hoje com o PT. Sem ter sido oferecido.
Não tá fácil
Até ontem à noite o deputado Manoel Júnior (PB) estava confirmado para o Ministério da Saúde. Para a pasta de Infraestrutura (Portos + Aeroportos), dois nomes, com prós e contras, disputavam: Celso Pansera (PMDB-RJ), muito ligado a Cunha, e José Priante (PMDB-PA). Pansera pode ser barrado por ser o “homem” de Cunha, ainda malvisto no Planalto.
Mineiro é terceira via
Outro fator que pesa contra Pansera é ter sido acusado de intimidação pelo doleiro Alberto Youssef. Mas Priante também tem resistência. Primo do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), ele acalma a bancada e compensa a iminente saída de Jader Filho da Pesca. Porém alguém lembrou que Priante e o senador estão brigados. O cotado agora é Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG).
Chá de poltrona
O (ainda) ministro da Saúde, Arthur Chioro, deixou à sua espera no gabinete uma dezena de prefeitos do Pará, na terça-feira, porque foi chamado às pressas pela presidente para avisá-lo de que deixaria a pasta. Constrangido, nem voltou para informá-los.
Rei das quengas
Darcísio Perondi (RS) foi o único deputado do PMDB a assinar lista para compor comissão especial que regulamenta a prostituição, PL (projeto de lei) 4211/12 de Jean Wyllys (PSOL-RJ).
Dono do Brasil
Todos os deputados indicados para os dois ministérios que Dilma cederá ao PMDB são nomes apadrinhados por Cunha. Ele disfarça, mas é Cunha quem vai mandar.
Tudo em casa
Pior que o recado do presidente da Assembleia de Roraima para a governadora Suely Campos (PP), de que “ela dançou”, foi escancarar o nepotismo afrontoso à decisão STF (Supremo Tribunal Federal). A mensageira, chefe da Casa Civil do governo, é filha da mandatária.
Êpa, Êpa
O deputado Jerônimo Goergen (RS) fez abaixo assinado com a bancada do PP para cobrar do líder Dudu da Fonte (PE) a presença dele em reunião de apoio a Dilma. O clima ficou tenso até Dudu justificar. O PP anda batendo asas com tucanos.
PT na UTI
O PMDB pediu o Ministério da Saúde com “porteira fechada”. Significa que terá todos os cargos da cúpula e dos segundo e terceiro escalões, em Brasília e nos Estados. O grande desafio de Dilma: onde alocar milhares de filiados do PT ligados a Lula?
Que é isso, companheiro!?
Foi batom na cueca a oferta aceita pelo PMDB para dois ministérios. O presidente da Câmara dos Deputados, “opositor”, foi cobrado a sós por Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), entusiastas do impeachment. Pelo visto, dançaram.
Sem votos
No mais, a manutenção dos vetos presidenciais, um dos pontos do acordo, mostrou que o PMDB se engajou na defesa de Dilma e não há mais votos para impedimento.
Médico doidão
Não, não era Agnelo Queiroz o médico flagrado pela TV Globo desabafando no Hospital de Base com “Quero sumir daqui!”. Agnelo abandonou o hospital há anos.
Ponto Final
O ex-governador Agnelo faliu os hospitais, quebrou o GDF, foi morar em Miami (EUA), se licenciou com prêmios e agora bate ponto Ministério da Saúde. Por ora.
Com Equipe DF, SP e Nordeste
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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