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Economia “Situação grave” nos estoques de automóveis no País

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As montadoras fecharam o mês de maio com crescimento de 10,7% da produção. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, usou palavras duras para definir a situação da indústria automobilística. Na apresentação dos números de julho, a associação sinalizou grande preocupação com a situação dos estoques do setor.

“Os estoques de 85 mil unidades nas fábricas e nas concessionárias são os menores das últimas duas décadas, o que comprova a gravidade da situação”, disse Moraes. Segundo o executivo, que é também diretor da Mercedes-Benz, não há previsão de normalização no fornecimento de semicondutores até meados de 2022.

“Há demanda interna e externa por um volume maior de veículos, mas infelizmente a falta de semicondutores e outros insumos tem impedido a indústria de produzir tudo o que vem sendo demandado, apesar dos esforços logísticos empenhados pelas empresas”, afirmou o o presidente da Anfavea. Segundo a entidade, “a situação é especialmente delicada para os fabricantes de automóveis, em função dos maiores volumes de produção necessários para abastecer o mercado”. O setor de caminhões não enfrenta tantos problemas.

Pelo segundo mês consecutivo a produção de autoveículos recuou no Brasil. Em julho, a produção total foi de 163,6 mil unidades, 2% a menos do que no mês de junho e 4,2% abaixo de julho de 2020. “Foi a pior produção para um mês de julho desde 2003”, observou Moraes.

Segundo a Anfavea, as dificuldades no ritmo de produção refletem negativamente tanto nas vendas internas quanto nas exportações. O mês de julho teve 8 mil licenciamentos diários, pior média em 12 meses. O total de 175,5 mil unidades licenciadas representou queda de 3,8% em relação a junho. “O recuo foi ainda mais dramático nas exportações”, comentou o dirigente automotivo. Com 23,8 mil veículos enviados a outros países, o volume teve uma queda de 29,1% em relação a junho.

O setor de caminhões não tem sido tão impactado. Em julho, a produção foi de 14,8 mil unidades, uma alta de 1,1% sobre junho. Já os licenciamentos totais de 12 mil caminhões foram 5,3% superiores aos do ano anterior.

Crise dos chips

A crise global dos chips semicondutores pegou em cheio diferentes setores da indústria e vem sendo um problema para basicamente todo mundo. Desde eletrodomésticos, até os automóveis, passando pelos consoles, diversas empresas precisaram alterar os esquemas ou até paralisar suas linhas de produção por conta da escassez do componente.

As fabricantes do produto vêm tentando aumentar sua capacidade de produção e alterar os seus processos de fabricação. Entre as principais medidas estão a abertura de capacidade sobressalente, auditoria dos pedidos dos clientes para evitar a acumulação e trocas nas linhas de produção.

Mas mesmo com todas essas medidas, a crise segue fortíssima e as estimativas são de que não haverá uma resolução, pelo menos até o ano que vem. As causas para esse problema são diversas, e vão desde a guerra comercial entre Estados Unidos e China, até um erro de cálculo que levou alguns fabricantes a estocarem sua produção no início da pandemia.

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https://www.osul.com.br/situacao-grave-nos-estoques-de-automoveis-no-pais/ “Situação grave” nos estoques de automóveis no País 2021-08-07
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