Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de julho de 2022
“Estamos aumentando a energia colocando mais foco em nossas principais prioridades da empresa", disse Zuckerberg.
Foto: DivulgaçãoDona do Facebook, Instagram e WhatsApp, a Meta registrou queda de 1% na receita da companhia, marco inédito para a empresa – as informações foram publicadas nesta quarta-feira (27), em balanço financeiro referentes ao segundo trimestre de 2022. Além da performance ruim, a projeção da companhia indica um futuro difícil para a gigante.
A receita da Meta foi de US$ 28,8 bilhões no trimestre encerrado em junho passado, ante US$ 29 bilhões do mesmo período de 2021. De acordo com a consultoria Refinitiv, a receita esperada para o período era de US$ 28,9 bilhões. Já o lucro líquido da companhia no trimestre registrou queda de 36% na comparação anual, caindo para US$ 6,6 bilhões.
Além disso, as plataformas da companhia voltaram a registrar queda no número de usuários ativos por mês (MAUs, na sigla em inglês), importante métrica para verificar o crescimento da companhia: 2,93 bilhões, ante 2,95 bilhões do primeiro trimestre anterior em 2022. Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, o aumento foi de 1%.
Já o número de usuários ativos por dia (ou DAUs) foi de 1,97 bilhão, alta de 3% ante 2021, mas abaixo do 1,95 bilhão esperado pelo mercado, segundo a Refinitiv. No primeiro trimestre deste ano, o Facebook tinha 1,96 bilhão.
“Foi bom ver uma trajetória positiva em nossas tendências de engajamento neste trimestre provenientes de produtos como Reels e nossos investimentos em IA”, afirmou Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta. “Estamos aumentando a energia colocando mais foco em nossas principais prioridades da empresa, que abrem oportunidades de curto e longo prazo para a Meta e para as pessoas e empresas que usam nossos serviços.”
De saída da empresa, a executiva Sheryl Sandberg, conhecida como o braço direito de Zuckerberg, alertou para o cenário desafiador global: “Esses continuam sendo tempos turbulentos para a economia global”, declarou no último balanço como diretora de operações da empresa. “Muitos dos fatores macro que afetam nossa receita são continuações de coisas que vimos nos trimestres anteriores, como o impacto contínuo da guerra na Ucrânia e a volta do comércio eletrônico após o pico da pandemia. Mas também há novos desafios com o aumento da inflação e a incerteza em torno de uma recessão iminente.”
Projeção ruim
A Meta prevê que o próximo trimestre seja impactado pelo cenário macroecônomico global, pressionado pela inflação e pela consequente alta global dos juros. Principal forma de monetização das plataformas da empresa, a receita com anúncios deve continuar abaixo da expectativa da companhia.
“Esperamos que a receita total do terceiro trimestre fique na faixa de US$ 26-28,5 bilhões. Essa perspectiva reflete a continuidade do ambiente de fraca demanda por publicidade que experimentamos ao longo do segundo trimestre, e que acreditamos estar sendo impulsionado por uma incerteza macroeconômica mais ampla”, explicou a empresa na carta aos investidores.