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Colunistas Solte o verbo

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O texto falado tem atributos semelhantes ao escrito. Entre eles, clareza, concisão, simplicidade, harmonia e ritmo. Mas vai além. Exige cuidado na pronúncia. Tropeço nos sons ou nas sílabas tônicas gritam nos ouvidos. Convém tirar as ciladas do caminho. Assim:

1. Pronuncie bem todas as letras. Três armadilhas fazem três vítimas:

R final: correr, cair, sentir.

S final: vestidos, sapatos, choros.

Ditongos: goleiro, sanfoneiro, pioneiro, plateia, cabeleireiro.

2. Não acrescente sons em fim de sílabas: advogado (não: adivogado), optar (não: opitar), fez (não: feiz), beneficência, beneficente (não: beneficiência, beneficiente), absoluto (não: abisoluto), aficionado (não: aficcionado), prazeroso (não: prazeiroso).

3. Não troque sons: problema (não: probrema), estupro (não: estrupo), mendigo (não: mendingo), encapuzado (não: encapuçado), subsídio (como subsolo), identidade (não: indentidade).

4. Não transforme ditongos em hiatos: gratuito (não: gratuíto), fortuito (não: fortuíto)

5. Não mude a sílaba tônica das palavras:

São oxítonas: Nobel, ruim, recém, mister, novel.

São paroxítonas: pudico, rubrica, seniores, ibero, avaro, recorde.

São proparoxítonas: hétero, anátema, amálgama, protótipo.

6. O acento sempre indica a sílaba tônica: sábia, sabiá, álibi.

7. Observe a regra do primeiro o do sufixo -oso. No masculino, ele soa fechado (charmoso). No feminino, aberto (charmosa). No plural, não faz discriminação de gênero. É sempre aberto: charmosos, charmosas, gostosos, gostosas, apetitosos, apetitosas.

8. Mantenha, no plural, o timbre dos nomes com o o fechado no masculino e no feminino. É tudo como se tivesse um chapeuzinho: lobo, loba, lobos, lobas; cachorro, cachorra, cachorros, cachorras; raposo, raposa, raposos, raposas; bolso, bolsa, bolsos, bolsas; pombo, pomba, pombos, pombas; tonto, tonta, tontos, tontas; moço, moça, moços, moças.

9. Mantenha, no diminutivo, a pronúncia do grau normal. O o de porco é fechado. O de porquinho também. O de porca é aberto. O de porquinha vai atrás. A norma não tem exceção. Vale pra qualquer nome – comum ou próprio: Norma, Norminha; Mércia, Mercinha; colo, colinho.

10. Respeite o falar regional. Há palavras indecisas. Pra não sair de cima do muro, adotam a dupla pronúncia. O o pode soar aberto ou fechado. É o caso de poça d`água. Que partido tomar? Prefira o da região. Ele mantém a intimidade.

Leitor pergunta

Como saber se uma palavra é oxítona, paroxítona ou proparoxítona?
Selma Castro, Brasília

Identificar a fortona é fácil como andar pra frente. Quer ver?

1.Vocábulos terminados em a, e e o, seguidos ou não de s, são paroxítonos: cadeira, mesas, tacape, bates, livro, mulatos.

1.1. Se seguidos de consoante diferente de s, mudam de time. Tornam-se oxítonos: canal, amar, papel, Nobel, amor, federal.

Os terminados i e u, seguidos ou não de qualquer consoante, são oxítonos: aqui, ali, anil, colibri, tupis, caju, urubus.

3. Se algum foge à regra, vem acentuado. Agudos e circunflexos indicam que a sílaba tônica se desviou da norma: sofá, você, vovó, táxi, ônus, Gibraltar, lâmpada.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/solte-o-verbo/ Solte o verbo 2018-02-09
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