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Ciência Sonda da Nasa está cada vez mais perto do Sol e já proporciona descobertas

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A Nasa captou imagens do momento em que a sonda Parker passou bem na frente do Sol. (Foto: Reprodução)

Depois de quase um ano e meio de missão, a Nasa compartilhou com o mundo muitas novas informações sobre o Sol, graças à nave Parker Solar Probe. Os dados coletados pela sonda até então foram analisados por pesquisadores e debatidos em uma reunião do American Geophysical Union, realizada na quarta-feira (11). Cinco pesquisadores apresentaram suas descobertas, que incluem alguns dos fatos já compartilhados no início de dezembro.

Entre as pesquisas, estão algumas descobertas sobre vento solar e a tempestade solar, que afetam o polo magnético da Terra e podem influenciar as comunicações do planeta. Os pesquisadores também encontraram algumas respostas sobre a poeira solar, e a sonda Parker detectou a trilha deixada pela passagem do asteroide Faetonte, que proporciona chuva de meteoros Geminídeas – esta que, por sinal, acontece neste fim de semana.

Vento solar

Um dos principais objetos de estudo da Parker é o vento solar. Trata-se de um conjunto de partículas liberadas pelo Sol que viaja pelo espaço, influenciando o clima de planetas – incluindo a Terra – e até perturbando seus campos magnéticos, o que também pode gerar impactos em instrumentos de comunicação, como satélites.

A sonda estudou como o vento solar alcança velocidade aproximada que pode passar de 1,5 milhão de quilômetros por hora. Uma das pistas pode estar nas perturbações do vento solar que causam seu aquecimento e aceleração. São como agrupamentos de materiais muito densos que podem chegar a várias vezes o tamanho da Terra, e podem comprimir o campo magnético do planeta.

“Quando estruturas do vento solar chegam à Terra, podem direcionar a dinâmica da magnetosfera, incluindo a precipitação de partículas dos cinturões de radiação da Terra”, observou Nicholeen Viall, cientista espacial da Nasa. Essas precipitações podem causar uma série de efeitos, como auroras, ou interferir em satélites.

Para seu estudo, Viall combinou dados da sonda Parker captados a uma boa distância, e também bem perto do Sol, além de observações de satélites próximos da Terra e contando ainda com o observatório STEREO-A, da Nasa, que tem um instrumento chamado coronógrafo, onde há um disco bloqueando a luz mais brilhante do Sol, o que permite que a câmera capture imagens da coroa solar –  o envoltório luminoso do Sol, aquela parte externa que vemos durante um eclipse solar total, quando a Lua se coloca em frente à estrela, cobrindo-a por completo, mas ainda é possível ver alguma coisa ao redor do astro.

O STEREO-A conseguiu captar imagens do momento em que a sonda Parker passou bem na frente do Sol. Assim, Viall pôde combinar as medições de maneira bastante precisa, conforme o vento solar era soprado. Então, os cientistas conseguiram entender melhor as perturbações magnéticas do vento solar.

Os dados da Parker Solar Probe também ajudaram os pesquisadores a entender melhor a diferença entre o vento solar mais perto do Sol e o detectado na vizinhança terrestre – quanto mais perto da estrela, mais intensa é a atividade desses ventos. “Pensamos no vento solar – como o vemos perto da Terra – como bastante suave, mas a Parker viu vento surpreendentemente lento, cheio de pequenos estouros e jatos de plasma”, disse Tim Horbury, outro pesquisador que usa os dados da sonda para entender melhor as atividades solares.

Horbury estuda dados para entender as estranhas oscilações no campo magnético do vento solar próximo à estrela, algo que não acontece na região próxima da Terra. Não se sabe ainda a origem dessas oscilações, mas acredita-se que podem ser assinaturas do processo que aquece a coroa solar a milhões de graus, centenas de vezes mais quente que a própria superfície do Sol. Essa diferença de temperatura é um dos mistérios da ciência, que os pesquisadores esperam conseguir ao menos começar a compreender com dados da sonda Parker.

“Acreditamos que as oscilações são provavelmente relacionadas com as liberações energéticas individuais do Sol – o que chamamos jatos”, explicou Horbury. “Se esses jatos existem, deve haver uma grande concentração de pequenos eventos acontecendo no Sol, então eles poderiam contribuir para uma grande porção da energia total do vento solar”.

Tempestade solar

Já a tempestade solar é uma espécie de nuvem de material coronal ejetado em massa. Também é conhecida como tempestade geomagnética, e causa alteração temporária no campo magnético terrestre. A ejeção de material entra em choque com a magnetosfera, comprimindo-a e transferindo um pouco de energia do Sol para ela. Com isso, a circulação de plasma no campo magnético da Terra aumenta, junto com a carga elétrica.

O problema é que a detecção dessas tempestades é difícil. Muitas delas não são visíveis por meio de instrumentos na Terra e nem com o STEREO-A. E, mesmo quando são avistadas, nem sempre é possível prever como vão perturbar o campo magnético do planeta.

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https://www.osul.com.br/sonda-da-nasa-esta-cada-vez-mais-perto-do-sol-e-ja-proporciona-descobertas/ Sonda da Nasa está cada vez mais perto do Sol e já proporciona descobertas 2019-12-13
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