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Ciência Sonho ou pesadelo? Cientistas desenvolveram um dispositivo capaz de manipular a memória

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O implante é constituído de uma gama de eletrodos profundamente inseridos no cérebro que monitora a atividade elétrica. (Foto: Freepik)

A memória humana é o fantasma da medicina neurológica, uma rede ampla em mudança contínua, com comunicação multidimensional entre as células, que permite saber qual é a capital do Kentucky e reproduzir as emoções do primeiro amor.

A notícia de que os cientistas desenvolveram um implante cerebral que pode aumentar a memória – uma “prótese cognitiva”, no jargão médico –  pode ser espantosa até mesmo para os céticos.

Certamente, os desenvolvedores de aplicativos já estão pensando em outro conjunto de exercícios para o cérebro tendo em conta essa novidade da medicina. E os roteiristas que criam personagens assassinos com amnésia terão algum apoio na realidade quando tentarem vender suas histórias.

Os cientistas estão conversando sobre a comercialização da tecnologia, e as pessoas que sofrem perdas severas de memória, e suas famílias, provavelmente têm alguma esperança, por menor que seja. Essas coisas levam tempo, e há muitas incertezas.

Mas para a turma do “40 são os novos 30” e os mais velhos, a notícia de um avanço da memória cai em uma categoria diferente. O que realmente significa os cientistas entenderem a biologia da memória a ponto de manipulá-la? Qual reação é apropriada: a dos futuristas ou a dos ranzinzas?

A única resposta nesse momento é: as duas. Os desenvolvedores do novo implante, liderados por cientistas da Universidade Thomas Jefferson e da Estadual da Pensilvânia, se basearam em décadas de decodificação de sinais do cérebro, usando as mais avançadas técnicas de aprendizado de máquina, um subcampo da inteligência artificial.

O implante é constituído de uma gama de eletrodos profundamente inseridos no cérebro que monitora a atividade elétrica e, como um marca-passo, envia um impulso elétrico apenas quando necessário – quando o cérebro fica lento ao tentar armazenar novas informações.

É o que afirma Michael Kahana, professor de Psicologia na Universidade da Pensilvânia e principal autor do estudo. Se esse sistema, quando for refinado, conseguir ajudar pessoas com deficiências extremas, poderá melhorar significativamente suas vidas (assim esperam as seguradoras). Um idoso com demência grave poderia ter mais anos de independência. Um veterano de guerra com um trauma cerebral pode voltar a ter um cérebro assertivo o suficiente para encontrar um trabalho decente ou construir uma carreira.

Para todos os outros, a descoberta central por trás do dispositivo – que pode melhorar um cérebro mais lento –  já é bem familiar. Os humanos têm feito isso deliberadamente, e desde sempre: com cafeína, nicotina, medicamentos como ritalina, ou de forma mais saudável, com uma corrida intensa no parque.

“Há boas evidências de que coisas como a nicotina e exercícios aeróbicos podem melhorar aspectos da atenção. Um estímulo pode ativar alguns dos mesmos sistemas, só que de maneira mais direta e precisa”, disse Zach Hambrick, professor de Psicologia na Universidade Estadual de Michigan.

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https://www.osul.com.br/sonho-ou-pesadelo-cientistas-desenvolvem-um-dispositivo-capaz-de-manipular-memoria/ Sonho ou pesadelo? Cientistas desenvolveram um dispositivo capaz de manipular a memória 2018-03-04
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